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A serpente branca 白蛇

时间:2023-01-19来源:互联网  进入葡萄牙语论坛
核心提示:Ha muito, muito tempo, houve um rei famoso em todo o pas pela sua sabedoria. Nada ignorava e parecia que as notcias das
(单词翻译:双击或拖选)
Ha muito, muito tempo, houve um rei famoso em todo o país pela sua sabedoria. Nada ignorava e parecia que as notícias das coisas mais secretas lhe chegavam através do espaço.
Esse rei tinha, porém, um hábito esquisito: todos os dias, uma vez terminadas as refeições, e ninguém mais se achando presente, um criado muito fiel devia trazer- lhe ainda uma sopeira coberta. O próprio criado não sabia o que continha, ninguém o sabia, porquanto o rei só a destapava quando estava completamente só.
Isso durava há bastante tempo, até que um dia, não resistindo à curiosidade, o criado, ao levar de volta a sopeira, carregou-a para o quarto. Fechou, cuidadosamente, a porta, levantou a tampa e viu dentro uma serpente branca. Não pôde furtar-se ao desejo de prová-la e cortou um pedacinho, levando-o à boca; mas, apenas lhe tocou a língua, ouviu através da janela um estranho sussurro de vozinhas sutis. Chegou à janela e pôs-se a escutar; percebeu que eram dois pardais que conversavam entre si, contando tudo o que tinham visto nos campos e bosques. O pedaço de serpente que provara dera- -lhe a faculdade de entender a linguagem dos animais.
Ora, aconteceu que, justamente nesse dia, desapareceu o mais bonito anel da rainha. As suspeitas de furto recaíram sobre o criado fiel, que tinha entrada em todos os aposentos do palácio. O rei chamou-o à sua presença e repreendeu-o severamente, ameaçando condená-lo como ladrão se até ao dia seguinte não indicasse o verdadeiro autor do furto. De nada adiantaram os protestos de inocência; a posição dele era bastante precária.
Amedrontado e aflito, dirigiu-se ao pátio, cogitando na maneira de sair daquela situação. Perto do regato que por lá serpeava, repousavam tranquilamente algumas patas, deitadas uma junto da outra; alisavam-se as penas com o bico e tagarelavam misteriosamente. O criado deteve-se a ouvi-las; cada qual contava onde estivera pela manhã e que ótimos quitutes havia encontrado. Uma delas, aborrecida, contou:
- Algo me pesa no estômago. Esta manhã encontrei um anel debaixo da janela da rainha e, na pressa com que estava comendo, enguli-o.
Imediatamente o criado pegou-a pelo pescoço e levou-a à cozinha, dizendo ao cozinheiro:
- Mata que esta está bem gorda.
O cozinheiro ergueu-a com a mão a fim de calcular o peso e disse:
- Realmente, esta não perdeu tempo em engordar e já está na hora de ser assada!
Cortou-lhe a cabeça, e, quando foi aberta, encontrou- se o anel da rainha em seu estômago. Assim, o criado pôde facilmente demonstrar sua inocência. O rei, então, querando reparar a injustiça cometida, autorizou-o a fazer um pedido e, ao mesmo tempo, ofereceu-lhe o mais alto cargo do reino.
O criado recusou tudo, pedindo somente um cavalo e dinheiro suficiente para viajar, pois tinha vontade de conhecer o mundo. O pedido foi atendido e ele pôs-se a caminho. Um dia, passando perto de uma lagoa, viu três peixes enredados nos juncos e que arquejavam fora da água. Embora se diga que os peixes sejam mudos, ele ouviu distintamente que se lamentavam por terem de morrer tão tristemente, e, como era de bom coração, desceu do cavalo e recolocou os três prisioneiros dentro da água. Eles voltaram a nadar alegremente e, pondo a cabeça para fora, disseram:
- Havemos de nos lembrar e te recompensaremos por nos teres salvo!
Ele prosseguiu o caminho e, pouco depois, pareceu-lhe ouvir uma voz sob os pés, saindo da areia. Deteve-se a escutar e ouviu o rei das formigas queixar-se:
- Oh, se os homens passassem ao largo com suas descuidadas montarias! Esse estúpido cavalo, com os pesados cascos, espezinhou sem piedade meu pobre povo!
Ele então desviou o cavalo para um caminho pedregoso e o rei das formigas disse-lhe:
- Havemos de nos lembrar e te recompensaremos!
A estrada, por onde seguia, conduziu-o a uma floresta; aí viu dois corvos, pai e mãe, que estavam atirando fora do ninho os filhotes!
- Fora, - gritavam, - fora daqui seus mandriões; não podemos mais alimentar-vos; fora, já estais suficientemente crescidos para sustentar-vos sozinhos.
Os pobres filhotes jaziam por terra, batendo as asas e gritando:
- Ai de nós, pobres infelizes! Temos de nos manter sozinhos e ainda nem sabemos voar! não nos resta senão morrer aqui de fome!
O bom criado, então, desceu do cavalo e matou-o com a espada; depois entregou-o aos filhotes dos corvos para que se alimentassem. Estes acorreram saltitando, e após terem comido à vontade, disseram:
- Havemos de nos lembrar e te recompensaremos.
Agora não lhe restava outro recurso senão servir-se das próprias pernas. Anda e anda e anda, chegando afinal a uma grande cidade. As ruas estavam apinhadas de gente que fazia barulho ensurdecedor; nisso viu chegar um arauto a cavalo, anunciando que a filha do rei desejava casar-se, mas, quem aspirasse à mão dela, deveria antes executar uma tarefa extremamente difícil e se não o conseguisse seria morto. Muitos já haviam tentado e sacrificaram inutilmente a própria vida.
Quando o jovem viu a princesa, ficou tão fascinado com sua beleza que esqueceu todo e qualquer perigo e apresentou-se ao rei como pretendente.
Logo foi conduzido à beira mar onde, em sua presença, atiraram um anel de ouro à água. O rei ordenou que o pescasse do fundo do mar, acrescentando:
- Se voltares à tona sem o anel, serás mergulhado de novo, até morreres afogado.
Todo mundo lastimava a sorte do belo jovem. Ele ficou sozinho junto ao mar, pensando no que lhe cumpria fazer quando, de repente, viu surgirem três peixes que vinham nadando em sua direção; eram exatamente os mesmos que havia salvo durante sua viagem. O que vinha no meio trazia na boca uma concha, que depositou na areia, aos pés do jovem; este recolheu-a e, ao abri-la, encontrou dentro dela o anel de ouro.
Agradeceu aos peixes e, radiante de alegria, correu para levar o anel ao rei, esperando obter a prometida recompensa.
A orgulhosa princesa, quando soube que ele não era de sangue real, desprezou-o, exigindo que executasse outra tarefa. Descendo ao jardim, ela espalhou com as próprias mãos dez sacos de milho no meio da grama, e disse:
- Se quiser casar comigo, terá que catar todo esse milho, sem que falte um só grão, até amanhã cedo, antes de raiar o sol.
O jovem sentou-se preocupado no jardim e meditava, sem atinar na maneira de levar a termo aquela difícil tarefa. Desanimado e triste, contava ser condenado à morte assim que amanhecesse. Mas, quando os primeiros raios do sol iluminaram o jardim viu os dez sacos enfileirados, todos cheios, não faltando sequer um grãozinho de milho. O rei das formigas havia chegado durante a noite com milhões de súditos, e os insetozinhos, reconhecidos e zelosos, cataram todos os grãozinhos e encheram os dez sacos.
A princesa desceu ao jardim e, pessoalmente, constatou, com grande assombro, que o jovem cumprira o que lhe tinha sido imposto. Ainda assim, não conseguiu vencer o orgulho que lhe dominava o coração.
- Embora tenha executado as duas tarefas, - disse ela, - não o desposarei a não ser que me traga uma maçã da árvore da vida.
O jovem ignorava completamente onde se encontrava a árvore da vida, contudo pôs-se a caminho disposto a andar enquanto Iho permitissem as pernas, sem esperança, porém, de encontrar a tal árvore.
Havia já percorrido três reinos quando, um dia, ao entardecer, chegou a uma floresta. Muito cansado, sentou-se debaixo de uma árvore, tencionando dormir aí. De repente, ouviu um roçagar por entre os galhos e uma maçã de ouro veio cair-lhe na mão. No mesmo instante, desceram voando três corvos; pousaram-lhe sobre os joelhos, dizendo:
- Somos os três pequenos corvos que livraste de morrer de fome. Agora já crescemos e viemos a saber que andavas à procura da maçã de ouro, senão terias que morrer. Então atravessamos o mar, voando até aos confins do mundo, onde se encontra a árvore da vida, e de lá te trouxemos a maçã.
O jovem agradeceu muito e, radiante de alegria, retomou o caminho rumo ao palácio, levando a maçã à princesa.
Dividiram pelo meio a maçã da vida e comeram-na juntos; assim o coração da princesa encheu-se de amor pelo jovem.
Casaram-se e viveram bem felizes até idade muito avançada.
 
从前有位以他的智慧而闻名全国的国王,世界上的事情他没有不知道的,而且,好像再秘密的事情也能有风声传到他的耳朵里。 不过,这位国王有个古怪的习惯:每天吃完晚饭,桌子已经收拾干净,而且其他人也都已离开之后,一位忠实的侍从会再给他端来一道菜。 不过,这道菜用盖子盖着,谁也不知道里面装的是什么,就连这侍从也不知道,因为国王每次都要等到房间里只剩下他一个人时才揭开盖子吃。
这种情况持续了很长一段时间,终于有一天,端碗的侍从再也克制不住好奇心,把这道菜端进了自己的房间。 他小心地锁上门,揭开盖子,看到盘子里的菜是一条白蛇。 他看到之后,就忍不住想尝一尝,于是他用刀子割下一小块送进嘴里。 蛇肉刚碰到他的舌头,他就听到了窗子外面有一些奇怪的小声音在窃窃私语。 他走到窗边侧耳细听,发现原来是一群麻雀在聊天,相互说着在田野和森林里的所见所闻。 吃了那块蛇肉之后,他现在居然能听懂动物语言了!
说来也巧,也就在这一天,王后最漂亮的戒指不见了,因为这个侍从哪里都可以去,所以偷戒指的嫌疑也就落到了他的头上。 国王把他叫去大骂一通,并且威胁说,要是他第二天早晨说不出小偷是谁,那么他自己会被判为小偷,并被处死。 侍从一再声明自己是清白无辜的,可没有用,国王还是不改变自己的主意。
侍从的心里又是烦恼又是害怕,便走进院子去想怎样摆脱自己厄运的办法。 有几只鸭子安安静静地坐在院子里的小溪旁,一面用喙梳理羽毛,一面说着悄悄话。 侍从站在一旁听着。 它们分别讲述着他们一上午都到过哪些地方,都找到一些什么好东西吃。 其中一只鸭子抱怨说:"我的胃里有样很重的东西。我吃东西的时候匆匆忙忙的 ,结果把王后窗子下的一只戒指吞进肚子里去了。 "侍从立刻抓住这只鸭子的脖子,把它拿到厨房,对厨师说:"送你一只肥鸭子。 请把它宰了。 ""好的,"厨师说,一面用手掂了掂鸭子,"这家伙拼死拼活地把自己吃得肥肥的,早就等着进烤箱了。 "厨师说着便砍下了鸭子的脑袋,在掏鸭内脏的时候,发现王后的戒指在里面。
这下侍从轻而易举地证明了自己的清白。 国王觉得不该那样冤枉他,想作一些弥补,便允许他提出一个请求,而且还答应,只要他开口,可以把宫中最好的职位给他。 可是侍从谢绝了这一切,只请求给他一匹马和一些旅费,让他出去看看外面的世界。 国王答应了他的请求,他便上了路。 一天,他来到了一个池塘边,看到池塘里有三条鱼让芦苇缠住了,嘴一张一张地想喝水。 虽然人们常说鱼都是哑巴,他却听到它们在为自己这样惨死而哀声叹气。 他很善良,下了马,把三条鱼重新放回到水里。 鱼高兴极了,从水里探出头来,冲着他喊道:"我们会记住你的,而且会报答你的救命之恩。"
他骑着马继续向前走。 过了一会儿,他觉得好像听到脚底下的沙子里有什么声音。 他听了一会儿,听到一只蚁王在抱怨:"那些骑着笨牲口的人类为什么不离我们远一点呢?这匹蠢马沉重的蹄子踩死了我们多少人呵!"于是,他赶紧把马带到旁边的小路上。 蚁王对他叫道:"我们会记住你的。好心自然会有好报的!"
这条小路把他带进了一座森林。 他看到两只老乌鸦站在窝边,正往外扔小乌鸦。 "你们这些好吃懒做、没有用的东西!都给我出去!"老乌鸦在骂着,"我们再也养不活你们了。你们都长这么大了,应该自己养活自己。"可那些小乌鸦一个个躺在地上,扑打着翅膀喊着:"我们真是可怜啊!没有谁能帮助我们。要我们自己养活自己 ,可我们连飞都还不会啊! 除了躺在这里饿死,我们还有什么别的法子呢? "善良的青年从马背上跳下来,拔出宝剑把马杀了,留给小乌鸦当粮食。小乌鸦们立刻跳过来,一面吃一面叫道:"我们会记住你的。 好心自然会有好报! "
他现在只能靠两条腿步行。 他走了很长一段路后,来到了一座大城市。 街上叽叽喳喳的围了一群人,一个人骑在马背上高声叫道:"公主要选丈夫,但求婚者必须完成一项艰巨的任务,完不成就得送掉自己的性命。"许多人都已经尝试过了,可他们只是白白地送掉了性命。 我们这位年轻人一看到公主,就被她的美貌迷住了,他忘记了危险,到国王面前去求婚。
他被带到海边,一枚戒指当着他的面被扔进了海中。 国王命令他从海底把戒指捞上来,并且说:"要是你捞不上来,我们就把你重新推进大海,直到浪涛把你吞没。"大家都为这位英俊的小伙子感到惋惜,一个个都悄悄走了,只留下他一个人在海边。
他站在海边,盘算着该怎么办。 突然,他看到有三条鱼在向他游来,而且正是他救过的那三条鱼。 中间那条鱼衔着一只贝壳,游到岸边就把它吐在了年轻人的脚边。 他捡起贝壳打开一看 ,只见那枚金戒指就在里面。 他兴冲冲地带着戒指去见国王,以为国王一定会把答应的奖赏赐给他。
可是,当高傲的公主得知他出身低微时,非常瞧不起他,要他先完成第二项任务。 她走到花园里,亲手撒了十袋小米在草地上,并且说:"明天日出之前,你必须把这些全部捡起来,一粒也不能少!"
年轻人坐在花园里,盘算着怎样才能完成这项任务。 可是他什么办法也没有想出来,只好难过地坐在那里,等待着天亮被人带去处死。 谁知当第一缕阳光照进花园时,他却看到那十袋小米已经装得满满的排在他的身旁,而且一粒也不少。 原来,那只蚁王晚上带着成千上万的蚂蚁来过了。 这些知恩报恩的小动物不辞辛劳地捡起所有的小米,装进了袋子。
不一会儿,公主亲自来到了花园,看到年轻人已经完成了交给他的任务,她不由得感到万分惊讶。 可她那颗高傲的心还没有被征服,于是她说:"虽然他完成了两项任务 ,我还是不能嫁给他,除非他能从生命之树上摘来一个苹果。 "年轻人根本不知道生命之树长在什么地方,可他还是出发了,而且准备一直找下去,直到他走不动为止。不过他也不抱多大希望,他找遍了三个王国,一天来到了一座森林。他躺在一棵树下刚准备睡觉,突然听到树枝上有沙沙的声音,一个金苹果掉进了他的手里!与其同时,三只乌鸦飞了下来,落在他的膝盖上,说:"我们就是你救活的三只乌鸦。 我们长大了之后,听说你在寻找金苹果,便飞过大海,到了长着生命之树的世界尽头,给你把苹果摘来了。 "年轻人万分高兴地踏上归途,带着金苹果回到了美丽的公主那里,这下公主再也没有什么可说的了。他俩把生命之果切成两半,吃了下去,她的心便充满了对他的爱,他们从此过着幸福安宁的生活。 
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