A empresa francesa Carrefour vem sendo fortemente criticada por enganar os consumidores e por se recusar a dar aumento a seus funcionários há mais de uma década. A empresa, porém, vem tomando medidas para acalmar o público.
De acordo com reportagens da mídia, o salário de mais de 6 mil funcionários de cerca de 20 lojas Carrefour em Shanghai praticamente não teve aumento entre 1998 e 2010, enquanto o salário médio dos trabalhadores da cidade aumentou mais de três vezes durante o mesmo período.
Além disso, a empresa se recusou a dar aumento de salário e a aceitar o mecanismo de negociação salarial coletiva, praticado na China desde 1990.
Fontes da Federação Municipal de Sindicatos de Shanghai indicam que funcionários da Carrefour e representantes do sindicato discutiram o assunto na quinta-feira.
"A China não tem um sistema de punição compulsória para empresários que se recusam a aceitar o mecanismo de negociação salarial coletiva", disse Xia Yongmei, vice-presidente executiva do sindicato da zona industrial Xinzhunag em Shanghai.
A empresa francesa também está envolvida em outro escândalo. Onze de suas lojas na China cobraram preços acima do valor real de produtos, entre os quais estão incluídos roupas íntimas de algodão e chá, enganando os consumidores.
As lojas devem pagar uma multa cinco vezes maior que o valor cobrado, ou a multa de 500 mil yuans (US$ 75.987), caso não possam calcular o valor total, de acordo com a Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma da China.
A empresa se desculpa e oferece aos clientes lesados o reembolso no valor cinco vezes maior que a diferença entre o valor cobrado e o valor da etiqueta.