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também teriam visto, incluindo Eleanor Roosevelt, Amy
Cárter, o actor Richard Dreyfuss e vários servicais que
durante décadas passaram por lá. Também se falava que o
cachorro do presidente Reagan ficava horas latindo diante
daquela porta.
Todas essas memórias de personagens históricos fizeram
com que Rachel se lembrasse da imp0rtancia daquele quarto,
quase um lugar sagrado.
Sentiu-se envergonhada de entrar lá apenas de suéter e com
as pernas nuas, como uma universitária insinuando-se no
quarto de um rapaz.
- Posso entrar deste jeito? - sussurrou para a agente. - Quero
dizer, é o Quarto de Lincoln.
A agente piscou um olho.
- Nossa política neste andar é "Nao pergunte, nao conte".
Ela sorriu, agradecendo. Estendeu a mao para a macaneta,
ansiosa pelo que se seguiria.
- Rachel! - falou uma voz anasalada que atravessou o
corredor como uma serra.
Rachel e a agente se viraram. Corky Marlinson vinha
mancando na direccao delas, de muletas, com a perna agora
enfaixada por um profissional.
- Também nao consegui dormir!
Rachel ficou arrasada, sentindo que seu encontro romantico
estava prestes a ir para o espaco.
Os olhos de Corky percorreram a bela agente do servico
secreto de cima a baixo. Abriu um grande sorriso.
- Adoro mulheres que usam uniformes.
Com cara de poucos amigos, a agente abriu o blazer
revelando um coldre sob o braco.
Corky parou de sorrir.
- Tudo bem, já entendi. - Virou-se para Rachel. - Mike também
está acordado? Você vai entrar? - Parecia bastante animado
para se juntar à festa.
Rachel nao sabia o que dizer, mas a agente foi rápida e veio
em seu socorro.
- Doutor Marlinson - disse a moca, tirando um bilhete do bolso
- de acordo com este papel, que me foi dado pelo senhor
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