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Rachel ficou olhando, incrédula. Fugir de um helicóptero
numa lancha?
- Tem um rádio lá - explicou Tolland. - Se pudermos nos
afastar o suficiente da interferência provocada pelo
helicóptero...
Ela nao ouviu mais nada. Acabara de ver algo que fez seu
sangue gelar.
- Tarde demais - disse ela, apontando com um dedo trêmulo.
é o nosso fim...
Quando Tolland se virou, soube que estavam liquidados.
No outro extremo do navio, como um dragao olhando para
dentro de uma caverna, o helicóptero negro descera ao nível
em que estavam, seu nariz voltado na direccao deles. Por um
momento, Tolland achou que seus agressores iriam voar
sobre eles pelo vao embaixo do barco. Contudo, o Kiowa
comecou a virar, preparando sua mira.
Michael viu para onde os canos das armas estavam
apontados. Nao!
Agachado ao lado da pequena lancha, soltando as amarras,
Corky olhou para cima segundos antes de as metralhadoras
posicionadas sob o helicóptero comecarem a cuspir balas
violentamente. Ele caiu de lado, como se houvesse sido
atingido. Desesperado, arrastou-se por cima da amurada e
jogou-se dentro do barco, deitando para se proteger. As
metralhadoras pararam. Tolland viu o amigo se esconder no
fundo da lancha. A batata de sua perna direita estava coberta
de sangue. Agachado debaixo do painel, Corky estendeu a
mao e tacteou os controles até encontrar a chave. Ligou o
motor Mercury de 250 HP. Logo em seguida o helicóptero,
ainda parado no ar, direccionou o laser vermelho para a
pequena embarcacao e se preparou para lancar outro míssil.
Tolland reagiu por instinto, usando a única arma que possuía.
O sinalizador que estava segurando sibilou quando ele puxou
o gatilho e uma ofuscante linha luminosa percorreu uma
trajectória horizontal directamente para o helicóptero. Apesar
disso, Michael sentiu que agira tarde demais. Enquanto a
chama do sinalizador atravessava o ar em direccao ao vidro
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