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encorajá-la a sair do lugar. Ela fez um esforco para esquecer
o vazio lá embaixo e comecou a andar. Em algum lugar acima
deles, podia ouvir os rotores do helicóptero novamente. Bem
à frente dos dois, Corky cambaleava pela passarela numa
espécie de panico cego.
- Vá até o suporte mais distante, Corky! Depois desca as
escadas - Tolland gritou para orientá-lo.
Rachel viu para onde se dirigiam. Logo adiante havia uma
série de escadas descendo em ziguezague. Ao atingir o nível
do mar, elas desembocavam num deque estreito, similar a
uma prancha, que se alongava por todo o comprimento do
barco. Partindo desse deque, várias docas pequenas e
suspensas formavam uma espécie de marina em miniatura
acoplada ao navio. Uma grande placa indicava:
áREA DE MERGULHO
MERGULHADORES PODEM EMERGIR SEM AVISO
BARCOS: MANOBRAR COM CUIDADO
Rachel esperava sinceramente que Michael nao estivesse
pensando em sair dali a nado. Seu medo aumentou quando
ele parou na frente de uma fileira de paióis de trama de aco
que ficavam ao lado da passarela. O oceanógrafo abriu as
portas, deixando entrever roupas e material de mergulho
pendurados, coletes salva-vidas e arpoes. Antes que Rachel
pudesse dizer algo, ele pegou um sinalizador.
- Vamos em frente.
Continuaram andando. Enquanto isso, Corky havia chegado
às escadas em ziguezague e já estava na me-tade do caminho
em direccao ao deque lá embaixo.
- Já estou vendo! - gritou ele com uma voz quase alegre em
meio ao ruído da água.
Vendo o quê?-, pensou Rachel, observando Corky correr pela
passagem estreita no convés. Tudo o que podia enxergar era
o oceano infestado de tubaroes ficando cada vez mais
próximo. Tolland fez com que ela continuasse andando e, de
repente, Rachel percebeu o que tinha deixado Corky tao
animado. No outro lado do deque inferior havia uma pequena
lancha ancorada. O astrofísico acelerou o passo em sua
direccao.
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