----------------------- Page 473-----------------------
- Exactamente. As semelhancas entre os organismos
terrestres e os do espaco fazem muito sentido cientificamente.
E esse isópode das profundezas na práctica só reforcaria as
afirmacoes da NASA.
- Excepto se a autenticidade do meteorito estivesse em
questao. Michael concordou.
- Se o meteorito for questionado, toda a teoria vem abaixo.
Nosso tatuzinho gigante deixa de ser um amigo da NASA e se
torna um "dedo-duro".
Rachel ficou em silêncio olhando as páginas de informacoes
sobre o Bathynomus saírem da impressora. Estava tentando
se convencer de que fora simplesmente um erro da NASA,
sem qualquer má intencao. Mas sabia que nao era. Pessoas
honestas que cometem erros nao tentam matar outras
pessoas.
A voz anasalada de Corky se fez ouvir do outro lado do
laboratório.
- Impossível!
Tanto Tolland quanto Rachel se viraram.
- Meca essas malditas taxas de novo! Nao faz sentido!
Xavia veio correndo na direccao deles com um papel nas
maos. Estava lívida.
- Mike, nao sei como dizer isso, mas... - A geóloga se
engasgou. – As proporcoes de titanio/zirconio que
encontramos nesta amostra... – Ela limpou a garganta de
novo. - Bem, está claro que a NASA cometeu um grande
engano. O meteorito deles é uma rocha oceanica.
Tolland e Rachel se entreolharam em silêncio.
Compreenderam naquele instante que todas as suas dúvidas
e suspeitas eram reais. Sentiram-se como se estivessem na
crista de uma onda prestes a quebrar. O oceanógrafo
concordou, com um olhar triste:
- Eu sei. Obrigado, Xavia.
- Mas eu nao entendo - disse ela. - A crosta de fusao, a
localizacao no gelo...
- Vamos lhe explicar tudo no caminho de volta - disse Michael.
- Estamos de partida.
Dan_Brown_-_A_conspirao 473