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para Xavia: - Por acaso esse tal doutor Pollock se lembrou de
medir o conteúdo de níquel? Ou seria pedir muito?
- Na verdade, ele mediu, sim - respondeu ela prontamente, já
procurando em seus papéis. - Eis o que Pollock diz: "Fiquei
surpreso ao descobrir que o conteúdo de níquel da amostra
recaiu nos níveis intermediários que geralmente nao sao
associados às rochas terrestres."
Tolland e Rachel trocaram olhares espantados. Xavia
continuou lendo:
- "Ainda que a quantidade de níquel nao recaia exactamente
nos níveis intermediários normalmente aceitos para
determinar que uma rocha é um meteorito, encontra-se muito
próxima desse patamar."
Rachel estava bastante inquieta.
- Quao próxima? é possível que essa rocha oceanica possa
ser confundida com um meteorito?
Xavia sacudiu a cabeca.
- Nao sou especialista em petrologia, mas, até onde posso
entender, há muitas diferencas químicas entre a rocha que
Pollock encontrou e meteoritos de verdade.
- Quais sao as diferencas? - perguntou Tolland, com um
sentido de urgência na voz.
Ela olhou para um gráfico em seus papéis.
- De acordo com isto aqui, uma diferenca imp0rtante está na
estrutura química dos condrulos em si. Parece que as
proporcoes titanio/zirconio sao diferentes. Os condrulos da
amostra proveniente do oceano possuíam pouquíssimo
zirconio. - Ela olhou para Tolland. - Apenas duas partes
por milhao.
- Duas ppm? - disse Corky, subitamente. - A taxa encontrada
nos meteoritos é milhares de vezes maior.
- Exacto. E foi por isso que Pollock concluiu que os condrulos
de sua amostra nao vieram do espaco.
Michael inclinou-se e falou baixinho para Corky:
- Por acaso a NASA mediu as proporcoes de titanio/zirconio
na rocha encontrada em Milne?
- Claro que nao! - respondeu Corky em voz alta. - Ninguém
iria medir isso. é como olhar para um carro e resolver medir o
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