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CAPíTULO 105
Tolland tinha acabado de apresentar Xavia a Rachel. A
geóloga do navio estava cada vez mais impressionada com
os passageiros ilustres diante dela no laboratório de
hidrografia. Além disso, a pressa de Rachel para terminar logo
os testes e sair dali o mais rápido possível a deixava nervosa.
Vá com calma, Xavia, pensou Tolland. Precisamos de todos
os detalhes.
A geóloga estava explicando de forma bem directa:
- Em seu documentário, Mike, você disse que aquelas
incrustacoes metálicas na rocha só poderiam ter sido
formadas no espaco.
Tolland estava com medo do que ela diria em seguida.
Condrulos só se formam no espaco. Foi o que a NASA me
disse.
- Mas, de acordo com estas anotacoes - disse a geóloga,
mostrando as páginas que segurava -, isso nao é inteiramente
verdadeiro.
- é claro que é verdade! - irritou-se Corky.
Xavia olhou de cara feia para o astrofísico e sacudiu as
anotacoes que trazia.
- No ano passado, um jovem geólogo chamado Lee Pollock,
da Drew University, estava usando um novo tipo de robo
marinho para colectar amostras em águas profundas do
Pacífico, na fossa das Marianas, e conseguiu retirar de lá uma
rocha solta contendo uma característica geológica jamais
vista. Essa característica era muito similar, em sua
aparência, aos condrulos. Ele a chamou de "inclusoes de
plagioclásio por stress" - pequenas bolhas de me-tal que
aparentemente haviam sido re-homogeneizadas durante
eventos de pressurizacao em grandes profundidades. O
doutor Pollock ficou impressionado por ter encontrado bolhas
metálicas numa rocha de origem oceanica e formulou uma
teoria especial para explicar sua presenca.
- Suponho que seja realmente especial - Corky resmungou.
Xavia prosseguiu, nao lhe dando ouvidos.
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