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- E essa grande protuberancia bem no fundo? - perguntou
Corky, apontando para uma regiao onde havia uma bolha
subindo em forma de domo. O vórtice estava se formando
directamente acima dela.
- Essa bolha é um domo de magma. é nesse ponto que a lava
está empurrando o fundo do oceano - respondeu Tolland.
- Entendo. Como uma grande bolha de pus.
- Mais ou menos isso.
- E se ela estourar?
Tolland fechou a cara, lembrando-se do evento com a placa
Juan de Fuca, em 1986, quando milhares de toneladas de
magma, a uma temperatura de 1.200° Celsius, jorraram no
oceano de uma só vez, amplificando a intensidade da
megapluma quase instantaneamente. As correntes da
superfície foram amplificadas à medida que o vórtice se
expandia com rapidez para cima. O que aconteceu em
seguida era algo que ele nao tinha a menor intencao de
contar para Corky e Rachel naquela noite.
- Os domos de magma do Atlantico nao estouram - disse
Michael. – A água fria que circula em torno da bolha está
continuamente resfriando e enrijecendo a crosta da Terra,
mantendo o magma em seguranca sob uma grossa camada
de rocha. Em algum momento a lava que está embaixo se
resfria e a espiral desaparece. Megaplumas em geral nao sao
perigosas.
Corky apontou para uma revista em mau estado que estava
ao lado do computador.
- Entao você quer dizer que a Scientific American publica
artigos fictícios? Tolland viu a capa e franziu a testa. Alguém
tinha tirado aquela revista dos arquivos do Goya. Era um
exemplar de fevereiro de 1999. A ilustracao da capa mostrava
um superpetroleiro sendo tragado por um enorme redemoinho
no oceano. A manchete dizia: MEGAPLUMAS - ASSASSINAS
GIGANTESCAS DAS PROFUNDEZAS?
O oceanógrafo fez uma brincadeira para disfarcar.
- Ah, isso é totalmente irrelevante. Esse artigo fala sobre
megaplumas que ocorrem em zonas de terremoto. Foi uma
hipótese popular sobre o Triangulo das Bermudas há alguns
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