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- Alo? - perguntou. - Director?
Três cliques rápidos.
-Alo?
Uma forte estática surgiu na linha, soando bem alto no ouvido
de Rachel e fazendo-a afastar o fone. A estática parou de
repente e ela aproximou novamente o fone. Ouviu uma série
de tons oscilando rapidamente, pulsando em intervalos de
meio segundo. Sua confusao foi substituída por compreensao.
E depois por medo.
- Merda!
Virando-se para trás, na direccao dos controles da ponte,
socou o fone de volta em seu gancho, terminando a conexao.
Ficou alguns minutos olhando para o aparelho, aterrorizada,
tentando calcular se havia desligado a tempo.
No meio da embarcacao, dois deques abaixo, estava o
laboratório do Goya. Era uma grande área dividida por longas
bancadas e algumas estacoes de trabalho entupidas de
equipamento electronico: varredores de fundo, medidores de
corrente, bancadas para análise, fluxos laminares, um enorme
frigorifico para preservar espécimes, diversos computadores e
uma pilha de caixas rotuladas para armazenar os dados das
pesquisas, além de equipamento electronico sobressalente
para manter tudo em funcionamento durante as viagens.
Quando Tolland e Corky entraram, a geóloga de bordo, Xavia,
estava reclinada na frente de uma televisao a todo o volume.
Ela nem se virou.
- E aí, o dinheiro para as cervejas já acabou? - disse ela sem
olhar, achando que alguns dos membros da equipa tinham
voltado.
- Xavia - disse Tolland. - Sou eu, Mike.
Ela se virou, engolindo um pedaco do sanduíche que estava
comendo.
- Mike? - Ela estava surpresa por vê-lo ali. Levantou-se,
diminuiu o volume da televisao e caminhou na direccao deles,
ainda mastigando. - Achei que parte do pessoal tivesse
chegado da noitada. O que vocês estao fazendo aqui?
Xavia era corpulenta e tinha uma pele morena. Sua voz era
aguda e tinha um jeitao meio grosseiro. Ela apontou para a
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