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Rachel balancou ligeiramente a cabeca, mas nao parecia
estar totalmente convencida. Pelo menos, agora ela entendia
a teoria de Tolland sobre as origens do plancton. Ele acha
que há uma rachadura indo até o oceano, lá no fundo, que
permitiria ao plancton subir pela fenda. Era possível, concluiu
ela, mas ainda assim envolvia um paradoxo que a perturbava.
Norah Mangor confirmou explicitamente a integridade da
geleira e disse ter feito dezenas de testes com amostras para
confirmar sua solidez.
Ela perguntou a Tolland:
- Achei que a perfeita integridade da geleira era um dos dados
fundamentais para todos os registros de datacao de camadas.
A doutora Mangor afirmou que a geleira nao possuía
nenhuma rachadura ou fissura, nao é?
Corky fez uma careta.
- Parece que a rainha do gelo errou feio nessa.
Nao diga isso muito alto, pensou Rachel, ou você vai acabar
levando um furador de gelo nas costas.
Tolland cocou o queixo enquanto observava os organismos
fosforescentes.
- Nao vejo nenhuma outra explicacao. Tem que haver uma
fissura. O peso da plataforma de gelo acima do oceano deve
estar sugando água do mar rica em plancton para dentro da
rachadura.
Deve ser uma rachadura e tanto, pensou Rachel. Se o gelo
tinha 90 metros e o buraco à frente deles 60, entao essa
fissura hipotética tinha que atravessar 30 metros de gelo
sólido. Os testes de Mangor nao encontraram nenhuma
fissura.
- Corky, por favor, vá procurar Norah. Vamos rezar para que
ela saiba algo sobre esta geleira que ainda nao tenha nos
contado. Encontre Ming também, talvez ele nos diga
exactamente o que sao essas coisas na água.
Corky saiu à procura dos outros.
- Melhor correr - gritou Tolland, olhando novamente para o
buraco. - Posso jurar que a bioluminescência está
desaparecendo.
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