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CAPíTULO 39
- Há flagelados aqui - disse Tolland, olhando para a água. -
Nao sei como isso pode ter acontecido, mas essa água
contém dinoflagelados bioluminescentes.
- Contém o que bioluminescentes? - perguntou Rachel. Me
diga algo simples...
- Plancton unicelular capaz de oxidar um catalisador
luminescente chamado luciferina.
Isso foi a versao simples?
Tolland suspirou e voltou-se para o amigo.
- Corky, alguma possibilidade de que o meteorito retirado do
poco contivesse organismos vivos?
Corky comecou a rir.
- Mike, nao brinque!
- Nao estou brincando.
- Nao há a menor possibilidade! Acredite, se a NASA tivesse a
mais vaga suspeita de que havia organismos extraterrestres
vivos nessa rocha, você pode estar absolutamente certo de
que jamais a teriam retirado em um ambiente aberto.
Tolland nao ficou completamente convencido com a
explicacao. Havia algo misterioso ali que ainda o perturbava.
- Nao posso afirmar nada sem um microscópio, mas me
parece que isso é um plancton bioluminescente do filo
Pyrrophyta - disse ele. - O nome significa "planta de fogo". O
oceano ártico está cheio disso.
Corky ficou confuso.
- Entao por que você está me perguntando se eles vieram do
espaco?
- Porque o meteorito estava soterrado em gelo glacial, ou
seja, água doce resultante de neve precipitada. A água que
está neste buraco é gelo derretido que esteve congelado
durante três séculos. Como essas criaturas do oceano
poderiam ter ido parar aí dentro?
O argumento de Tolland deixou Corky em silêncio durante
algum tempo. Rachel estava de pé na borda do poco,
tentando entender o que estava vendo. Plancton
bioluminescente no poco de extraccao. O que aquilo
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