Todos sabem que a China tem uma cultura de chá sofisticada: as ervas foram descobertas e desenvolvidas no país milhares de anos atrás, e beber chá já se tornou um hábito diário do povo chinês.
Já na antiguidade o ritual para beber a infusão consistia em uma cerimônia complexa. E quando falamos sobre o chá mandarim hoje, não podemos esquecer uma figura importante na história da bebida: Lu Yu. Ele é considerado o "santo do chá", devido a suas contribuições à cultura do país.
Lu Yu é bem conhecido como o escritor da obra "Cha Jing", o Livro Clássico do Chá – a primeira literatura sobre como cultivar, produzir e beber chá.
Nascido em 733, durante a Dinastia Tang, Lu Yu foi um órfão adotado por um monge no que seria a atual Província de Hubei. Naquele tempo, beber chá já era uma tradição nacional bem estabelecida. Embora a infusão original só existisse no sul da China, em meados da Dinastia Tang as ervas já tinham se tornado populares no norte do país.
A influência extensiva do Budismo Zen em toda nação também favoreceu a popularização do chá na antiga China. Dormir e comer eram rigorosamente proibidos para os budistas ao fazerem meditações e, por isso, só poderiam beber chá. Assim, vários monges se tornaram fãs da bebida.
O monge que adotou Lu Yu é um deles. Lu Yu preparou a infusão para seu pai adotivo desde pequeno. Com o passar do tempo, a técnica de preparação de chá de Lu Yu progrediu, e ele desenvolveu um grande interesse pela bebida. Ao atingir a idade adulta, Lu Yu passou a viver em reclusão e se concentrou na pesquisa das ervas. Os resultados de seus estudos foram anotados na sua obra-prima "O Livro Clássico do Chá".