----------------------- Page 137-----------------------
extraterrestre. A partir daquele dia, o mito mais popular dos
tempos modernos deixava de ser um mito.
Rachel comecou a pensar em quao devastador aquele
meteorito seria para a campanha de seu pai. Embora as
verbas da NASA nao devessem ser colocadas no mesmo
plano que a discussao sobre o aborto, a aposentadoria e a
saúde pública, seu pai havia transformado aquilo em uma
questao política. Agora a bomba iria estourar no colo dele.
Dentro de algumas horas, os americanos sentiriam
novamente a emocao de um grande triunfo da NASA. Haveria
sonhadores com lágrimas nos olhos.
Cientistas boquiabertos. Criancas com sua imaginacao fértil
funcionando a mil. As questoes de dólares e centavos iriam
parecer migalhas, completamente ofuscadas por aquele
evento monumental. O presidente ressurgiria das cinzas como
uma fénix, transformando-se em herói. No meio de todas as
celebracoes, o senador, com sua mentalidade de contador,
ficaria com a imagem de um pao-duro morrinha, sem
nenhuma compreensao do sentimento de aventura da
América.
O computador emitiu um bipe, e Rachel voltou a prestar
atencao na tela.
00:05 SEGUNDOS
O monitor diante dela piscou brevemente e, em seguida,
surgiu uma imagem borrada do selo da Casa Branca. Logo
depois a imagem deu lugar à face do presidente Herney.
- Olá, Rachel - disse ele, com um brilho travesso no olhar. –
Suponho que você tenha tido uma manha movimentada, nao?
Dan_Brown_-_A_conspirao 137