Hoje é um dia muito significativo para a causa aeroespacial chinesa. A nave Shenzhou-8 e o módulo espacial Tiangong-1 realizaram à 1h36 da madrugada o primeiro acoplamento do país no espaço. A China se tornou o terceiro país no mundo, atrás dos EUA e Rússia, a possuir independentemente a técnica de acoplagem espacial. A afirmação foi feita pelo comandante-chefe do Programa Espacial Tripulado da China, Chang Wanquan.
O módulo de laboratório espacial Tiangong-1 foi lançado no dia 30 de setembro, e a nave Shenzhou-8, no dia 1º deste mês. Através de uma série de mudanças de órbitas e de reajuste de posições, as duas espaçonaves fizeram a aproximação.
Às 11h08 da noite de ontem, a nave Shenzhou-8 chegou a um ponto 52 quilômetros abaixo do módulo Tiangong-1. Em seguida as duas aeronaves começaram uma operação chamada de autodomínio e o acoplamento entrou em na fase de contagem regressiva. Depois de cerca de duas horas, a acoplagem completa foi finalizada com sucesso.
O vice-diretor do Centro de Regulação Aeroespacial de Beijing, Ma Yongping, apresentou a situação de acoplamento.
"No processo de autodomínio de aeronaves, o centro de controle terrestre deve dar um monitoramento contínuo à situação de funcionamento. Durante essa fase, precisamos supervisionar os diversos parâmetros técnicos e a tendência de suas alterações, e fazemos algumas análises e reajustes conforme a mudança dos dados."
Em vista disso, o centro de controle terrestre tem que possuir capacidade de coordenações nos aspectos de comando, operação de controle remoto e tratamento de emergência, afirmou Ma Yongping.
"Quanto às dificuldades e aos riscos do acoplamento, fizemos uma análise plena conforme diferentes situações. Na área de monitoramento e coordenações, também elaboramos uma série de medidas eficientes."
O domínio da técnica de acoplamento marca um passo importante na concretização do projeto espacial chinês. Além disso, também assenta uma base para o estabelecimento da estação espacial permanente e a realização de atividades espaciais tripuladas pela China no futuro.
Segundo Zhao Yuqi, vice-chefe do Programa Espacial Tripulado da China, a concretização da acoplagem tem um grande significado para o país.