Os membros do G20 precisam se unir e coordenar ações para promover o crescimento econômico mundial e a estabilidade das finanças. A afirmação foi feita nesta quinta-feira (3) pelo presidente chinês, Hu Jintao, na Cúpula da entidade em Cannes, na França. Ele destacou ainda as contribuições dadas pelo crescimento econômico chinês à economia global, ponderando que a estabilidade desse crescimento também está ameaçada por vários desafios.
Dias atrás, a União Europeia (UE) convocou uma reunião especial na qual aprovou um plano para solucionar a crise da dívida, mas que não gerou os efeitos esperados. Os líderes dos países europeus acreditam que a proposta tem um grande significado para a região e que pode, até, ser decisiva na estabilidade econômica futura da zona do euro. A elevação do compulsório dos bancos, a redução da dívida pública da Grécia e o aumento dos investimentos são o foco do plano.
Nos últimos dois anos, a assistência financeira a devedores como a Grécia tem sido dada, principalmente, pelos países da zona do euro sob a orientação do Fundo Monetário Internacional. Esse método tem sido adotado com frequência. No entanto, essa fórmula de resolver o problema dos inadimplentes fez com que aumentasse a solicitação dos países por financiamento. Diante desse quadro, a antiga forma de assistência já não é capaz de satisfazer à atual demanda. É por isso que a UE está buscando ajuda na comunidade internacional e pedindo maior participação estrangeira em seu plano. Os países emergentes, entre eles a China, são alguns dos "alvos" da entidade. Representantes da UE já mantiveram contatos preliminares com os chineses para discutir a possibilidade de assistência.
No contexto atual da crise financeira, a China tem aplicado várias medidas positivas, responsáveis por garantir a estabilidade econômica do país e também desempenhar um papel importante na promoção da recuperação da economia mundial. Desde a eclosão da crise da dívida da Europa, o governo chinês acompanha o assunto com atenção. Além da assistência necessária à UE, o país também ampliou seus investimentos em alguns países devedores da zona do euro.
