Cortejo da Latada invade as ruas
Por Eduardo Pedrosa Marques
Coimbra é assim. É tradicional. É mítica. É histórica. Foi com base em todos estes atributos que a cidade se engalanou para receber o Cortejo da Latada 2011. A iniciativa, a cargo da academia de Coimbra, dá as boas vindas aos novos estudantes da cidade que, por estarem no primeiro ano da Faculdade, passam a ser apelidados de caloiros.
Englobado na Festa das Latas – designação que advém do facto dos caloiros arrastarem latas pelo chão -, o Cortejo levou a Coimbra milhares de pessoas (embora longe das multidões de outros anos) que, ao longo do dia, percorreram a cidade para verem o desfile dos estudantes chegados recentemente.
Durante o percurso - que se inicia na alta universitária e termina no Largo da Portagem – e que durou toda a tarde, foram várias as críticas a diversas áreas da sociedade, com especial destaque para a política do País, onde se engloba, naturalmente o sistema de ensino, particularmente o superior.
Entre as várias medidas decretadas pelo Governo que são criticadas pelos estudantes, saliência para o corte de 3% na Universidade de Coimbra e a redução de 200 mil euros nas verbas de acção social escolar, bem como a actualização automática das propinas.
A tradição do grelo
Respeitando a tradição da academia, os alunos de outros anos dos respectivos cursos, adquiriram, na manhã desta terça-feira o mítico nabo no mercado municipal da cidade, para que os caloiros possam ir «roendo» as suas cabeças durante o cortejo. Quando o tubérculo chega ao fim, o «doutor» atira-o ao Rio Mondego, para que consiga terminar o seu curso com sucesso.