Ao seu lado, Katherine estremeceu e chegou um pouco mais perto dele. Langdon passou o braço em volta do corpo dela. Com os dois ali em pé, em silêncio, o professor pensou sobre tudo o que havia aprendido naquela noite. Pensou na crença de Katherine de que o mundo estava prestes a mudar. Na fé de Peter de que uma idade de iluminação era iminente. E nas palavras de um grande profeta que havia declarado com ousadia: Não há nada oculto que não será revelado, nem segredo que não virá à luz.
Enquanto o sol nascia sobre Washington, Langdon olhou para o céu, onde o último resquício das estrelas da noite se apagava. Pensou na ciência, na fé, no homem. Pensou em como todas as culturas, de todos os países, em todos os tempos, sempre haviam compartilhado uma coisa. Nós todos temos um Criador. Usamos nomes diferentes, rostos diferentes e preces diferentes, mas Deus é a constante universal do homem. Ele é o símbolo que todos compartilhamos... o símbolo de todos os mistérios da vida que não somos capazes de compreender. Os antigos louvavam a Deus como símbolo de nosso potencial humano ilimitado, porém esse símbolo antigo tinha se perdido com o tempo. Até agora.
Naquele instante, parado no topo do Capitólio, com o calor do sol se espalhando ao seu redor,
Robert Langdon sentiu uma poderosa onda brotar no âmago de seu ser. Era uma emoção que ele nunca havia sentido com tamanha profundidade na vida.
Esperança.