Langdon se virou.
Era Katherine. Ela havia comido o pão que o diabo amassou naquela noite, mas, apesar disso, parecia subitamente radiante... rejuvenescida, de alguma forma.
Langdon abriu um sorriso cansado.
— Como ele está?
Katherine se aproximou e deu-lhe um abraço apertado.
— Como algum dia vou conseguir agradecer?
Ele riu.
— Você sabe que eu não fiz nada, não sabe?
Katherine continuou abraçando-o por um bom tempo.
— Peter vai ficar bem... — Ela o soltou, encarando-o fixamente. — E ele acabou de me dizer uma coisa incrível... uma coisa maravilhosa. — A voz dela tremia de tanta expectativa. — Preciso ver com meus próprios olhos. Volto daqui a pouquinho.
— O quê? Aonde você vai?
— Não vou demorar. Agora Peter quer falar com você... a sós. Ele está esperando na biblioteca.
— Ele disse o motivo?
Katherine deu uma risadinha e fez que não com a cabeça.
— Você conhece Peter e os segredos dele.
— Mas...
— Nos vemos daqui a pouco.
Então ela se foi.
Langdon suspirou. Achava que bastava de segredos por uma noite. Havia perguntas não respondidas, é claro — sobre a Pirâmide Maçônica e a Palavra Perdida, inclusive —, mas ele sentia que as respostas, caso existissem, não eram para ele. Afinal, não sou maçom.
Reunindo o que lhe restava de energia, seguiu até a biblioteca maçônica. Encontrou Peter sozinho, sentado a uma mesa, com a pirâmide de pedra à sua frente.
— Robert? — Peter sorriu e acenou para que ele entrasse. — Eu queria dar uma palavra com você.
Langdon arrumou um jeito de sorrir.
— É, fiquei sabendo que você perdeu uma.