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《小说失落的符号》O Símbolo Perdido 312
日期:2013-06-30 15:14  点击:129

 

 

Solomon girou o corpo na direção da voz.

— Quem disse isso?

A mão que se levantou pertencia a um rapazinho asiático cujos traços suaves sugeriam origem nepalesa ou tibetana.

— Quem sabe não existe uma verdade universal embutida na alma de todas as pessoas? — continuou o rapaz. — Talvez todos carreguemos a mesma história dentro de nós, como uma constante compartilhada em nosso DNA. Talvez essa verdade coletiva seja a responsável pela semelhança em todas as nossas histórias.

Sorrindo, Solomon uniu as mãos em frente ao corpo e fez uma mesura reverente para o menino.

— Obrigado.

Todos ficaram calados.

— A verdade... — disse Solomon, dirigindo-se ao auditório —... tem poder. E, se todos gravitamos em torno de idéias semelhantes, talvez isso se dê porque elas sejam verdadeiras.., e estejam escritas bem no fundo de nosso ser. E, quando ouvimos a verdade, mesmo que não a compreendamos, sentimos que ela ecoa dentro de nós... em sintonia com nosso conhecimento inconsciente. Talvez não possamos apreender a verdade, mas sim reinvocá-la... relembrá-la... e reconhecê-la... como aquilo que já existe dentro de nós.

O silêncio no auditório era total.

Solomon esperou algum tempo antes de dizer bem baixinho:

— Para concluir, eu deveria alertar vocês que revelar a verdade nunca é fácil. Ao longo da história, todos os períodos de iluminação foram acompanhados por trevas lhe opondo resistência. Tais são as leis da natureza e do equilíbrio. E, olhando para a escuridão que hoje se espalha pelo mundo, somos obrigados a admitir que isso significa que uma quantidade de luz equivalente está crescendo. Estamos às vésperas de uma era de iluminação realmente grandiosa, e todos nós... todos vocês.., são profundamente abençoados por estarem vivenciando esse momento decisivo da história. De todas as pessoas que já viveram, em todas as eras... nós estamos nesta estreita janela de tempo que nos permite testemunhar nosso derradeiro renascimento. Após milênios de trevas, veremos a ciência, a mente e mesmo a religião desvendarem a verdade.

Solomon estava prestes a receber os aplausos da platéia quando ergueu a mão pedindo silêncio.

— Senhorita? — Ele apontou para a combativa menina loura no fundo do auditório. — Sei que nós dois não concordamos em muita coisa, mas quero lhe agradecer. Sua paixão é um catalisador importante das mudanças que estão por vir. As trevas se alimentam de apatia... e a convicção é nosso mais potente antídoto. Continue cultivando sua fé. Estude a Bíblia. — Ele sorriu. — Principalmente as últimas páginas.

— O Apocalipse? — indagou ela.

— Claro, O Livro do Apocalipse é um exemplo vibrante de nossa verdade compartilhada. Ele conta a mesmíssima história que inúmeras outras tradições. Todas elas predizem a futura revelação de um grande saber.

— Mas o Apocalipse não fala sobre o fim do mundo? — perguntou outra pessoa.

— O senhor sabe... o Anticristo, o Armagedom, a batalha decisiva entre o bem e o mal?

Solomon deu uma risadinha.

— Quem aqui estuda grego?

Várias mãos se levantaram.

— Qual o significado literal da palavra apocalipse?

— Apocalipse significa... — começou a responder um aluno, parando no meio como se estivesse surpreso — “desvendar”.. ou “revelar”.

Solomon balançou a cabeça para o menino em um gesto de aprovação.

— Isso mesmo. Apocalipse quer dizer literalmente revelação. O último livro da Bíblia prevê o desvendamento de uma grande verdade e de um conhecimento inimaginável. O Apocalipse não é o fim do mundo, mas sim o fim do mundo tal como nós o conhecemos. Essa profecia é apenas uma das lindas mensagens da Bíblia que foram distorcidas. — Solomon caminhou até a frente do tablado. — Podem acreditar em mim, o Apocalipse está chegando... e não vai se parecer em nada com o que nos ensinaram.

Bem alto acima de sua cabeça, o sino começou a dobrar.

Os alunos irromperam atônitos em uma estrondosa salva de palmas.

 

CAPÍTULO 112

 

Katherine Solomon estava à beira da inconsciência quando foi sacudida pela onda de choque de uma explosão ensurdecedora.

Logo em seguida, sentiu cheiro de fumaça.

Seus ouvidos zumbiam.

Escutou o som de vozes abafadas. Ao longe. Gritos. Passos. De repente, começou a respirar mais livremente. Alguém havia tirado a mordaça de sua boca.

— Está tudo bem — sussurrou uma voz masculina. — Agüente firme.

Ela esperava que o homem fosse retirar a agulha de seu braço, mas, em vez disso, ele começou a gritar ordens:

— Tragam o kit de primeiros socorros... prendam uma sonda intravenosa a essa agulha... injetem solução de Ringer com lactato... tirem a pressão dela.

— Enquanto verificava seus sinais vitais, o agente começou a falar: — Sra. Solomon, o homem que fez isso com a senhora... para onde ele foi?


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