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《小说失落的符号》O Símbolo Perdido 309
日期:2013-06-26 23:17  点击:160

 

CAPÍTULO 111

 

O sino do campanário badalou por três minutos inteiros, estremecendo o candelabro de cristal acima da cabeça de Langdon. Décadas antes, ele havia assistido a muitas palestras naquele estimado auditório da Academia Phillips Exeter. Naquele dia, porém, estava ali para escutar um amigo querido

falar para o corpo estudantil. Quando as luzes diminuíram, Langdon se sentou junto à parede do fundo, debaixo de um panteão de retratos de diretores.

Um silêncio recaiu sobre a platéia.

Em meio àquela escuridão completa, uma silhueta alta e indefinida atravessou o palanque e subiu ao pódio.

— Bom dia — sussurrou a voz sem rosto ao microfone.

Todos se empertigaram nas cadeiras, tentando ver quem falava.

Um projetor de slides então ganhou vida, revelando uma fotografia em sépia desbotada — um estonteante castelo com fachada de arenito vermelho, altas torres quadradas e adornos góticos.

A sombra tornou a falar.

— Quem pode me dizer onde fica isso?

— Na Inglaterra! — declarou uma menina no escuro. — Essa fachada é um misto de gótico primitivo com românico tardio, ou seja, é um típico castelo normando, o que o situa na Inglaterra por volta do século XII.

— Uau — respondeu a voz sem rosto. — Uma especialista em arquitetura.

Houve um burburinho generalizado.

— Infelizmente — acrescentou a sombra —, você errou por 5 mil quilômetros e meio milênio.

Aquilo prendeu a atenção do auditório inteiro.

O projetor então exibiu uma fotografia moderna e colorida do mesmo castelo visto de outro ângulo. Suas torres de arenito dominavam o primeiro plano, mas, ao fundo, surpreendentemente próximo, erguia-se o domo majestoso, branco e rodeado de colunas do Capitólio dos Estados Unidos.

— Espere aí! — exclamou a garota. — Existe um castelo normando em Washington?

— Desde 1855 — respondeu a voz. — Data em que esta próxima imagem foi feita.

Um novo slide surgiu — uma fotografia em preto e branco de um interior, mostrando um imenso salão de baile com teto abobadado cheio de esqueletos de animais, vitrines de exibição de artigos científicos, vidros contendo amostras biológicas, artefatos arqueológicos e moldes em gesso de répteis pré-históricos.

— Esse estupendo castelo — disse a voz — foi o primeiro verdadeiro museu de ciências dos Estados Unidos, um presente dado por um rico cientista britânico que, assim como nossos pais fundadores, acreditava que este país recém-nascido poderia se tornar a terra do conhecimento. Ele legou aos pais da nossa nação uma imensa fortuna e lhes pediu que construíssem no centro do país uma “instituição para o desenvolvimento e a difusão do saber’ — O homem fez uma longa pausa. — Alguém sabe me dizer o nome desse generoso cientista?

Uma voz tímida na primeira fileira arriscou:

— James Smithson?

Um burburinho de reconhecimento percorreu a platéia.

— Isso mesmo: Smithson — retrucou o homem em cima do palanque, dando um passo para a frente e parando debaixo da luz, seus olhos cinzentos reluzindo, brincalhões. — Bom dia. Meu nome é Peter Solomon. Sou secretário do Instituto Smithsonian.

Os alunos irromperam em palmas calorosas.


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