Katherine sacudiu a cabeça. Mas que loucura...
Abaddon afundou na cadeira, com ar de preocupação.
- Sra. Solomon, o que a senhora acabou de me dizer foi útil. Como eu temia, seu irmão parece ter sofrido uma pequena ruptura em relação à realidade. Devo admitir que já desconfiava disso. Foi por esse motivo que pedi a ele que voltasse hoje. Esses episódios delirantes não são incomuns no que diz respeito a lembranças traumáticas.
Katherine tornou a sacudir a cabeça.
- Peter não é homem de ter delírios, Dr. Abaddon.
- Concordo, mas...
- Mas o quê?
- Mas o que ele me disse sobre o ataque foi só o começo... uma ínfima fração da longa e improvável história que me contou.
Katherine se inclinou para a frente na cadeira.
- O que foi que Peter contou ao senhor?
Abaddon deu um sorriso triste.
- Sra. Solomon, deixe-me fazer uma pergunta. Seu irmão alguma vez conversou com a senhora sobre o que ele acredita estar escondido aqui em Washington... ou sobre o papel que ele acredita ter na proteção de um grande tesouro relacionado a um conhecimento antigo perdido?
O queixo de Katherine caiu.
- Do que o senhor está falando?
O Dr. Abaddon soltou um longo suspiro.
- O que eu vou lhe contar vai ser um pouco chocante, Katherine. - Ele fez uma pausa e a encarou nos olhos. - Mas, se você puder me dizer qualquer coisa que souber a respeito, será de uma utilidade incalculável. - Ele estendeu a mão para a xícara dela. - Mais chá?