CAPÍTULO 9
No Salão das Estátuas, Robert Langdon pressionou o celular contra a orelha e pôs-se a andar de um lado para o outro em um círculo fechado.
- Quem é você, droga?
A resposta do homem veio em um sussurro sedoso, calmo.
- Não fique alarmado, professor. O senhor foi convocado a vir aqui por um motivo.
- Convocado? - Langdon se sentiu como um animal enjaulado. - Que tal seqüestrado?
- Não é bem assim. - A voz do homem era de uma serenidade sinistra. - Se eu quisesse machucá-lo, o senhor agora estaria morto dentro daquele Lincoln. - Ele deixou as palavras pairarem no ar por alguns instantes. - As minhas intenções são as mais nobres possíveis, posso lhe garantir. Eu gostaria simplesmente de lhe fazer um convite.
Não, obrigado. Desde as suas experiências na Europa nos últimos anos, a indesejada celebridade o transformara em um ímã de malucos, e aquele ali havia acabado de ultrapassar os limites.
- Olhe aqui, não sei que diabos está acontecendo, mas vou desligar...
- Eu não faria isso - disse o homem. - A sua janela de oportunidade é muito pequena se deseja salvar a alma de Peter Solomon.
Langdon puxou o ar com força.
- O que foi que você disse?
- Tenho certeza de que o senhor me ouviu.
A forma como aquele homem pronunciara o nome de Peter deixou Landgon petrificado.
- O que você sabe sobre Peter?
- Neste exato momento eu conheço os mais profundos segredos dele. O Sr. Solomon é meu convidado, e eu sei ser um anfitrião persuasivo.
Isto não pode estar acontecendo.
- Você não está com Peter.
- Eu atendi o celular pessoal dele. Isso deveria fazer o senhor parar e pensar.
- Vou chamar a polícia.
- Não precisa - disse o homem. - As autoridades estarão com o senhor daqui a pouco.
Do que esse louco está falando? O tom de Landgon ficou mais ríspido.
- Se você está com Peter, ponha ele na linha agora mesmo.