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CAPITULO IV OS ELEPHANTES-1
日期:2024-08-23 09:44  点击:297

Sahimos de Durban no fim de janeiro, e andadas quasi as trezentas leguas que vão d’aqui ao sitio em que se juntam os rios Lukanga e Kalukue, chegámos, pelos meados de maio, a Inyati, não longe da aringa de Sitanda, onde acampámos. Durante a jornada tivemos aventuras varias, mas d’aquellas que são usuaes em todas as travessias d’Africa e já muito contadas nos livros. Em Inyati, ultima estação mercante da terra dos Matabeles, onde Lobengula (esse atroz velhaco!) é rei, separámo-nos, com fundas saudades, do nosso confortavel carrão. Dos vinte bois que trouxeramos de Durban, só doze restavam. Um morrera da mordedura da cobra, tres da falta d’agua; um perdeu-se; os outros tres comeram uma herva venenosa, chamada tulipa. Os restantes deixámol-os com o wagon ao cuidado de Goza e de Tom (o boieiro e o guia), pedindo a um digno Missionario escossez que habita aquelle desterro, que caridosamente nos vigiasse o carrão, o gado e os homens. E no dia seguinte, acompanhados por Umbopa, Khiva, Venvogel, e meia duzia de carregadores que arranjámos em Inyati, largámos para o deserto, a pé, em seguimento da nossa temeraria aventura.

 

Era de madrugada; e lembrei-me que no momento de nos pôrmos em marcha estavamos todos tres bem commovidos! Cada um perguntava a si mesmo, decerto, se jámais tornaria a vêr o carrão, os bois e o Missionario. Eu por mim levava a certeza que não. Os primeiros passos foram lentos, dados em grave silencio. Mas de repente Umbopa, que marchava na frente, rompeu n’um grande canto--uma canção zulú, dizendo d’uns homens que, cansados da vida e da monotonia das coisas, se tinham mettido ao deserto, para achar occupação ou morrer, e que, para além dos sertões, subitamente, encontravam um paraiso cheio de raparigas moças, de gado, de caça, e de inimigos para matar! Esta canção pareceu-nos de boa promessa.

 

A quinze dias de marcha de Inyati começámos a atravessar uma região arborisada e farta em aguas. As collinas estavam espessamente cobertas de matto que os indigenas chamam idaro: e por toda a parte se estendiam bosques de machabelas, arvores que dão um fructo amarello, enorme, quasi todo caroço, mas deliciosamente fresco e dôce. As folhas e fructos d’estas arvores são o alimento querido dos elephantes; e decerto os immensos animaes andavam perto, porque a cada passo topavamos arbustos quebrados e desarraigados. O elephante por onde vai comendo, vai assolando.

 

Uma tarde, depois d’uma caminhada fatigante, chegámos a um sitio particularmente pittoresco e de amavel repouso. Era junto de um outeiro todo vestido d’arvoredo. Ao pé serpeava o leito sêcco d’um rio, conservando ainda aqui e além poças de agua crystallina e fria, espesinhadas em redor pelas largas pégadas de feras. Em frente verdejava um bello parque de mimosas, machabelas e outras arvores ainda, raras e cheias de flôr:--e em torno era o matto, o matto silencioso, denso, impenetravel.

 

Decidimos ficar alli e construir um scherm, a pouca distancia d’uma das poças d’agua. O scherm é uma especie de acampamento entrincheirado, que se faz cortando grande quantidade de matto espinhoso e armando-o circularmente n’uma vasta e rude sebe que fórma defeza. Todo o espaço interior se aplaina como uma arena: ao centro amontôa-se herva sêcca, um capim chamado tambouki, que serve de divan e de cama; aqui e além, em volta, accendem-se alegres fogueiras. 
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12/27 03:00
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