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A verdadeira noiva 真新娘
日期:2024-02-27 14:46  点击:291
Era uma vez uma jovem boa e bela, que havia perdido a mãe quando era ainda pequenina, e agora a madrasta torturava-a, impiedosamente, de mil maneiras.
Quando a madrasta a mandava fazer algum serviço, por mais árduo que fosse, a jovem empenhava-se com o maior zelo e fazia o máximo que podia. Contudo, não conseguia abrandar o coração daquela perversa mulher, sempre insatisfeita e descontente. Quanto maior era o seu desvelo, tanto mais trabalho lhe era imposto; e a madrasta não pensava em outra coisa, senão em sobrecarregá-la cada vez mais de trabalho, com o propósito de tornar-lhe a vida impossível. Certo dia, disse-lhe:
- Aqui estão doze quilos de penas; tens de desfiá-las todas, mas se não terminares até à noite, espera-te uma boa carga de pancadas. Pensas acaso que podes vadiar o dia inteiro?
A pobre moça sentou-se para executar a tarefa, mas as lágrimas escorriam-lhe pelas faces, pois ela bem via que era humanamente impossível terminar o trabalho num só dia. Quando já tinha desfiado um montinho de penas, deu um suspiro doloroso, certa de não escapar às pancadas, e as plumas voaram para todos os lados. Ela teve de recolhê-las e recomeçar o ingrato trabalho. Chegou um momento em que ficou tão desesperada que apoiou os cotovelos na mesa, escondeu o rosto entre as mãos e pôs-se a soluçar alto:
- Não haverá mesmo ninguém neste mundo de Deus que tenha pena de mim?
Então, ouviu uma voz dizer-lhe:
- Consola-te, minha menina, aqui estou para ajudar-te.
A moça ergueu os olhos e deparou com uma velha de pé ao seu lado, a qual lhe pegou a mão carinhosamente e disse:
- Confia-me as tuas angústias!
A velha falava tão carinhosamente, que a moça se animou a contar-lhe a sua vida cheia de amarguras, dizendo que lhe impunham trabalho e mais trabalho e que nunca chegava ao fim de tantas tarefas.
- Hoje mesmo, se eu não terminar antes da noite de desfiar estas penas, minha madrasta me espancará, conforme ameaçou; e sei que ela cumpre a palavra.
As lágrimas tornaram a escorrer abundantes, mas a velha disse-lhe:
- Não to aflijas assim, minha menina, procura descansar um pouco; enquanto isso eu farei o teu trabalho.
A moça deitou-se na cama e daí a pouco adormeceu. A velha sentou, no lugar dela, diante do monte de penas; e era de ver com que agilidade destacava a plumagem dos canudinhos, que ela mal tocava com as mãos delgadas! Num abrir e fechar de olhos, os doze quilos de penas foram completamente desfiados.
Quando a jovem acordou, viu grandes montes de níveas plumas bem amontoadas e o quarto limpinho e ordenado; mas a boa velha tinha desaparecido.
A moça elevou uma prece de agradecimento a Deus e ficou, tranquilamente, no quarto até a noite. A madrasta chegou e, vendo que ela havia acabado a tarefa, admirou-se muito e disse:
- Vês, moleirona, quanto se pode fazer, quando se trabalha com vontade? Não podias ter feito qualquer outra coisa quando terminaste, ao invés de ficar aí sentada com as mãos no regaço?
Ao sair do quarto, a madrasta murmurou para si mesma: "Essa criatura sabe fazer algo mais que comer pão; é preciso que lhe imponha tarefas mais difíceis."
Na manhã seguinte, chamou a moça e ordenou-lhe:
- Aqui tens uma colher; exijo que tires com ela toda a água do grande lago que há perto do jardim. Se até ao anoitecer não tiveres terminado, deixando o lago bem seco, já sabes o que te espera.
A moça pegou na colher e observou que estava furada; mesmo, porém, que não o estivesse, jamais conseguiria esgotar o grande lago com ela. Contudo, entregou-se à tarefa com afinco; ajoelhada á beira do lago
chorava tanto que suas lágrimas rolavam dentro da água. Mas a boa velha tornou aparecer e, ao tomar conhecimento do que lhe causava tamanha aflição, disse-lhe:
- Não chores, minha menina; vai aí no meio desse bosque e dorme um pouco; entretanto, eu farei o teu trabalho.
Assim que a velha ficou só, bastou-lhe tocar de leve com a mão no lago e logo a água se evaporou e, subindo para o ar, foi misturar-se com as nuvens. Pouco a pouco, o lago foi secando e, antes do crepúsculo, quando a moça acordou, só se viam peixinhos debatendo-se no lodo. Então ela foi ter com a madrasta e comunicou-lhe que o trabalho estava concluído.
- Devia estar terminado há muito mais tempo! - bradou ela, pálida de raiva. E pôs-se a cogitar algo mais difícil ainda.
Na manhã do terceiro dia, chamou a moça e disse-lhe:
- Tens de me construir um lindo castelo naquela planície lá em baixo; e quero que fique pronto para hoje à noite.
A moça estremeceu de espanto e disse:
- Como é possível executar uma obra desse vulto?
- Não admito que me contradigas! - bradou a madrasta; - se tens capacidade para esvaziar um lago com uma colher furada, deves ter capacidade, também, para construir um castelo. Quero mudar-me para ele hoje mesmo; e se faltar a menor coisa, quer na cozinha, quer na adega, já sabes o que te espera.
Dizendo isto, empurrou a moça para fora. Esta dirigiu-se para o vale próximo, onde havia grande número de pedras amontoadas; mas, mesmo empregando o máximo de força, não conseguia remover nenhuma. Desesperada, sentou-se e desatou a chorar; mas no íntimo, contava com o auxílio da boa velha. Com efeito, esta não se fez esperar muito; surgiu a seu lado e consolou-a dizendo:
- Vai deitar-te naquela sombra e dorme um pouco! Eu construirei o castelo. Depois, se quiseres, poderás morar nele.
A moça afastou-se; a velha tocou com a mão delgada as pedras e estas, instantaneamente, se deslocaram arrumando-se uma sobre a outra e formando altas paredes, como que manuseadas por inúmeras mãos de gigantes invisíveis, que ali estivessem trabalhando.
O solo estremecia e as grandes colunas elevavam-se uma ao lado da outra; sobre o teto, as telhas se alinhavam em perfeita ordem e, quando deu meio-dia, já tremulava no alto da torre a grande flâmula semelhante a uma jovem dourada envolta em roupas esvoaçantes.
O interior do castelo, também, ficou pronto antes do anoitecer. Como fez tudo aquilo a velha, é coisa que não sei; o que sei é que as paredes dos aposentos eram recobertas de finas tapeçarias de veludo e seda; cadeiras de estofados bordados de seda multicor; poltronas ricamente estofadas e esculpidas alinhavam-se ao lado de mesas todas de mármore e bronze. Lampadários de cristal pendiam do teto, refletindo-se no pavimento luzidio. Papagaios verdes e lindos pássaros exóticos cantavam, maviosamente, dentro de esplêndidas gaiolas douradas. Via- se por toda parte tal suntuosidade como se lá tivesse que habitar um rei.
O sol descambava no horizonte, quando a moça acordou e, ante seu olhar pasmo, resplandecia a cintilação de mil luzes. Dirigiu-se correndo para o castelo cujo portão encontrou aberto, e foi entrando. A escadaria estava toda atapetada de rico tapete vermelho e os balaústres estavam adornados de flores.
Ao ver o esplendor que havia em todos os aposentos, ela estacou petrificada, e teria permanecido assim, indefinidamente, se não lhe ocorresse a lembrança da madrasta.
- Ah, - suspirou, - se ao menos agora ela ficasse satisfeita e não me atormentasse mais!
Foi ter com ela e comunicou-lhe que o castelo estava pronto.
- Quero mudar-me imediatamente para lá! - disse a madrasta, levantando-se da cadeira onde estava sentada.
Quando entrou no castelo, ao ver aquele esplendor, ficou tão ofuscada que precisou levar a mão aos olhos.
- Viste, - disse ela à jovem, - como te foi fácil construí-lo? Eu deveria ter-te dado tarefa mais difícil.
Percorreu todos os aposentos e meteu o nariz em toda parte, esmiuçando tudo para ver se faltava alguma coisa, ou se descobria a menor falha; mas não descobriu nada.
- Agora vamos descer à adega, - disse ela fitando a jovem com olhar maldoso, - quero ver com os meus olhos se na adega e na cozinha não falta coisa alguma; se esqueceste a menor coisa, não escaparás ao castigo que te espera. - E foram à cozinha.
Mas no fogão as chamas crepitavam alegremente, cozendo os alimentos nas panelas; ao lado, estavam as pinças e as tenazes de arrumar os tições; nas paredes, brilhavam como ouro as vasilhas de cobre; enfim, não faltava mesmo nada. Até o caixote para o carvão estava no lugar, assim como o balde para a água.
- Por onde é que se desce à adega? - grunhiu ela; - se não estiver suficientemente provida de barris cheios do melhor vinho, pobre de ti!
Ela mesma abriu a porta do alçapão e começou a descer a escada, mas, apenas desceu dois degraus, a pesada porta, mal e mal encostada, caiu sobre ela. A moça ouviu um grito horrível; correu depressa a abrir o alçapão para socorrer a madrasta, mas esta rolara pela escada abaixo e jazia morta lá no fim da escada.
Agora aquele suntuoso castelo pertencia exclusivamente à moça. Nos primeiros dias, foi-lhe difícil habituar-se àquele fausto e a tanta felicidade.
Os armários estavam atulhados de belíssimos vestidos; as arcas vergavam ao peso do ouro e prata; algumas delas estavam abarrotadas de lindíssimas pedras preciosa e pérolas; não havia desejo seu que não fosse imediatamente satisfeito.
Não tardou a espalhar-se pelo mundo a fama de sua beleza e imensa riqueza; logo começaram a desfilar os pretendentes vindos de toda parte, mas nenhum conseguira agradar-lhe.
Por fim apresentou-se, também, o filho de um rei muito poderoso; este soube tocar-lhe o coração e ela tornou-se sua noiva.
No jardim do castelo, havia um bolo pé do tília; e, certo dia, estando os noivos sentados à sua sombra, conversando sobre o que mais lhes interessava, o príncipe disse:
- Preciso voltar para casa e pedir o consentimento de meu pai para o nosso casamento; peço-te que me esperes aqui, debaixo desta tília, pois estarei de volta dentro de poucas horas.
A moça beijou-o na face esquerda e disse:
- Conserva-te fiel ao nosso amor e não permitas que mulher alguma te beije nesta face. Aqui, sob esta tília, aguardarei teu regresso.
E ficou à sombra da tília, esperando. Esperou até depois de o sol se pôr, mas ele não voltou. Durante mais três dias, ela o continuou esperando, desde o alvorecer até ao cair da noite, mas em vão. Finalmente, no quarto dia, vendo que ele não vinha, ela pensou:
- Com certeza lhe aconteceu alguma desgraça; irei à sua procura e não voltarei enquanto não o encontrar.
Escolheu três vestidos dentre os mais lindos que possuía: um recamado de estreias cintilantes; outro de luas prateadas e o terceiro de sóis de ouro, e fez um embrulho deles. Em seguida, apanhou um punhado de pedras preciosas, amarrou-as num lenço e pôs-se a caminho.
Em todos os lugares por onde passava, ela pedia notícias do noivo, mas ninguém o vira e nem sabia nada a seu respeito. Perambulou pelo mundo, percorrendo-o de uma extremidade a outra e nada de encontrá-lo. Por fim, resolveu empregar-se como pastora na casa de um camponês; depois, enterrou os vestidos e pedrarias debaixo de uma pedra.
Passou a viver como simples pastorinha, guardando o rebanho, mas sempre tristonha e consumindo-se de saudades do bem-amado.
Havia na casa um bezerrinho que se afeiçoara profundamente à moça, a ponto de comer na sua mão; ela, acariciando-o, costumava dizer-lhe:
- Bezerrinho, bezerrinho, ajoelha,
não esqueças a lua pastora,
como o príncipe esqueceu
a fiel noiva de outrora!
O bezerrinho, então, ajoelhava-se e ficava a ouvir.
Vários anos passou assim, triste e solitário, até que, um dia, espalhou-se na região a notícia de que a filha do rei estava para casar. A estrada larga que conduzia à cidade passava marginando a aldeia onde residia a moça. E aconteceu que o noivo passou por lá, justamente quando ela ia conduzindo o rebanho a pastar.
O príncipe passou montado em um cavalo, altivo e indiferente, sem olhar para ela; mas ela, assim que o viu, logo o reconheceu e sentiu como se uma espada lhe traspassasse o coração.
- Ah, - suspirou tristemente, - pensei que me tivesse permanecido fiel; ao invés me esqueceu!
No dia seguinte, o príncipe tornou a passar. Quando estava perto da moça, esta disse ao bezerrinho:
- Bezerrinho, bezerrinho, ajoelha,
não esqueças a lua pastora,
como o príncipe esqueceu
a fiel noiva de outrora.
O bezerrinho, ajoelhado, ficava a ouvir. E o príncipe, ouvindo aquela voz, deteve o cavalo e baixou os olhos; fitou o rosto da pastora, levando a mão diante dos olhos como a recordar alguma coisa; depois continuou o caminho e logo desapareceu.
- Ah, - disse ela, - já não me reconhece! - e sua mágoa aumentou ainda mais.
Dias depois, no castelo realizava-se uma grande festa que duraria três dias, e para a qual foram convidados todos os habitantes da região.
- Vou tentar a última prova! - pensou a moça, e quando caiu a noite, foi buscar os seus tesouros escondidos debaixo da pedra.
Escolheu o vestido bordado de sóis de ouro; vestiu- se e adornou-se com as mais belas joias. Soltou os cabelos, que trazia presos sob um lenço e deixou-os cair pelos ombros. Em seguida, encaminhou-se para a cidade e, felizmente, em meio às trevas, ninguém lhe prestou atenção.
Quando chegou ao castelo e entrou no salão de festas, profusamente iluminado e cheio de gente, os convidados abriram alas assombrados diante de tanta beleza; mas ninguém sabia quem ela era. O príncipe foi ao seu encontro sem a reconhecer e convidou-a para dançar, e, completamente deslumbrado, esqueceu a outra noiva.
Ao terminar a festa, ela desapareceu entre a multidão e correu para a aldeia; chegou antes do amanhecer, tornou a vestir a pobre roupa de pastora e foi cuidar do rebanho.
Na noite seguinte, ela vestiu o traje bordado de luas prateadas, adornou os cabelos com um diadema em forma de meia lua, todo de diamantes e, quando surgiu no salão de festas do castelo, todos os olhos voltaram-se para ela cheios de admiração. O príncipe correu-lhe ao encontro e, perdido de amor, só dançou com ela sem dar a mínima atenção a nenhuma outra moça. Quando chegou a hora de partir, ela teve que prometer-lhe que voltaria à festa da última noite.
E com efeito, na terceira noite apareceu trajando o vestido recamado de estrelas, que faiscavam ao menor movimento. Nos cabelos e na cintura, trazia uma faixa, também recamada de estrelas e pedrarias cintilantes.
O príncipe já a esperava impaciente; ao ver a multidão abrir alas, precipitou-se-lhe ao encontro, cheio de alegria.
- Dize-me, enfim, quem és! Parece-me que já te conheci há muito tempo, - disse ele.
- Oh, já não te lembras o que fiz e disse quando nos despedimos? - respondeu a moça. E assim dizendo beijou-o na face esquerda, exatamente como havia feito então.
No mesmo instante, foi como se uma venda lhe caísse dos olhos e o príncipe reconheceu a sua verdadeira noiva.
- Vem, - disse-lhe, - não posso ficar aqui mais tempo!
E conduziu-a pela mão até à carruagem que aguardava lá fora. Os cavalos, velozes como o vento, abalaram rumo ao castelo maravilhoso. Desde longe, viam-se brilhar as janelas iluminadas e, quando passaram sob a tília, milhares de pirilampos cintilaram por entre os galhos e a planta amiga exalou o penetrante e suave perfume.
Ao longo da escadaria desabrochavam as flores e dos aposentos internos chegava o trinar de pássaros exóticos; no salão estava reunida toda a corte.
O sacerdote, também, os esperava e logo a seguir uniu em matrimônio o príncipe à sua verdadeira noiva.
A verdadeira noiva
从前有个姑娘,十分年轻美貌,当她还是孩子的时候便没了妈妈,她的继母想尽各种办法来折磨她,使她生活得十分凄惨。 不管继母什么时候让干什么,她总是毫无怨言,而且还做了各种她力所能及的事。 但这仍不能打动这个恶毒女人的心,她的贪欲永远也不会满足。 女孩越是卖命干活,继母给她的活儿也越多。 那女人就是想尽办法用更多的活来压得她闷闷不乐,让她生活更艰苦。
有一天,那女人对女孩说:"这里有十二磅羽毛,你得把它拔下来,要是到晚上还没拔完,你就等着挨打吧。你以为可以成天在外面闲逛吗?"这可怜的女孩开始干活,眼泪顺着面颊流了下来,因为她明白自己一天内是不可能干完这些活的。 每当她面前有了一小堆羽毛,她总是叹着气或苦恼地搓着手,那些鸡毛就飞走了,不得不把它们拾起来,然后继续干。 过了一会儿,她听到一个低低的声音说:"别着急,我的孩子,我来帮你来了。"女孩抬头看到一个老婆婆站在她身旁,慈祥地拉着女孩的手,说:"快告诉我你有什么苦恼的事情。"由于她说得这么亲切,女骇便告诉老婆婆她痛苦的生活,一个一个重担是怎样压在她的身上的,她永远也干不完继母给她的活。 "如果我到今天晚上还没有弄好这堆羽毛,我的继母会打我。她威胁过我,而且我知道她会说到做到的。"她又开始流泪,但这善良的老婆婆说:"别害怕,我的孩子,休息一会,现在让我来干你的活。"女孩躺在床上,很快就睡着了。 老婆婆坐在堆着羽毛的桌旁,她那双苍老的手几乎没有碰它们,那些羽毛就神奇地飞离了羽毛梗。 这十二磅羽毛一会儿就拣完了。 当小女孩醒来时,发现面前堆着一大堆雪白的羽毛,房子也干干净净的,但那老婆婆已经不见了。 女孩感谢了上帝,然后静静地坐在那儿直到晚上。 当她继母走进来看到活儿全部干完时,她大吃了一惊。 "瞧瞧,你这蠢东西,"她尖刻地说,"人勤快起来什么活都干得完,你就知道闲坐在那,不能再干点别的吗?"女人出来后心想:"这家伙还能多干些,我一定要让她干更难的活儿。"
第二天早上她对女孩说:"给你一个勺,去用它把花园边那个大池塘的水舀干。要是你到晚上还没干完,你就等着瞧吧!"女孩接过勺,发现勺上全是小孔,既使没有小孔,她也永远舀不完那池水。 她马上开始干活,眼泪却又流了下来,滴进池中。 但那善良的老婆又出现了,当她得知小女孩为什么伤心时,她说:"高兴起来我的孩子,去灌木丛中美美睡上一觉吧,我会马上把你的活干完。"当只剩下老婆婆一人时,只见她几乎没碰池塘,水里就冒出了水气,一直升到空中,和彩云混在一起。 慢慢地池塘的水就干了,小女孩在日落时醒来到池边一看,只见鱼儿在泥里拼命地挣扎。 她跑去继母那告诉她活已干完了。 "你早就该干完的。"那继母嘴上这么说着,心里却气得面孔发白,于是她又想出了新的花招。
次日早上,她对女孩说:"你得赶在天黑前给我在那块平地上建好一座城。"这女孩吓呆了,分辩说:"我怎么能完成这么重的活呢?""不准回嘴!"继母尖叫着,"既然你能用有孔的勺舀干池水,你就有能耐给我建一座城堡。我今天就要这座城堡 ,如果城堡的厨房或地下室里还缺什么小东西,你就等着吃苦头吧! "说完他就把女孩赶了出去。女孩来到山谷中,那儿有一块块垒起来的石头,就是用尽吃奶的力气她也挪不动最小的一块。于是她便坐在那儿伤心地哭了,希望老婆婆再一次帮她一把。过了不久,老婆婆果真来了,她安慰小女孩说:"躺在树荫下休息吧,我会很快给你建好城堡。 只要你高兴,你可以自己住在这里。 "小女孩走开后,老婆婆用手轻轻碰了碰那些灰色的岩石,那堆岩石立刻都飞起来,一起挪动然后停下,好像是个巨人在筑墙一般。在这堆岩石上,房子渐渐耸起来了,仿佛有许多只无形的手在往上边垒石头。一声闷响从地下传来,立柱升了出来并依次地排好了,屋顶的砖瓦也排列得整整齐齐的。到中午,巨大的风信标耸立在塔顶上,好比一个身着绸衣的少女在飘动。夜幕降临时,城堡里也布置妥当了。那老婆婆是怎么做到这一切的我们也不知道。只见房间的墙壁都用丝绸和天鹅绒蒙着;五色刺绣的椅子套和雕刻精细的围椅,放在大理石桌旁;水晶般的吊灯挂在天花板上,照着下面那光光的地板;镀金笼内有绿色鹦鹉,还有那声音动听却不知名的鸟儿。所有的这一切都是那样的华丽,恰似一个王宫。太阳下山时,小女孩醒来了,千万盏灯光正照在她的脸上。她匆匆忙忙走向城堡,进去后发现台阶上铺着红色的地毯,栏杆上围满了盛开的鲜化。看到这么华丽的房间,小女孩一时都惊呆了,像石头般地站在那里。要不是她突然想起了她的继母,谁知道她会在那儿站多久。"唉! "女孩想,"要是她这一次能最后满足,我也不必再过苦难的生活,那就好了。 "于是女孩走去告诉继母城堡已经建好了。"我这就搬进去。 "只见她从椅子上站了起来说。她们进入了城堡,那位继母不得不用手来遮住眼睛,因为这亮丽的一切让她头晕目眩。"瞧瞧! "她对女孩说,"你轻而易举地就干好了这件事,我得给你点更重的活儿。 "她检查了所有的房间,查看了所有的角落,看看是否有什么遗漏或欠缺,但她什么毛病也挑不出来。"现在我们下去看看,"她恶狠狠地冲着小女孩说,"厨房和地窖还得检查,如果你遗漏了什么东西,我就会惩罚你的。 "但壁炉里的火烧得正旺,锅里蒸着肉,墙边放着煤和铲,亮晶晶的黄铜炊具摆得整整齐齐,什么都不缺,甚至连煤盆和水桶都有。"哪扇门是通到地窖的? "她叫道,"如果酒桶里没有装满酒,那就有你的好看的。 "说着她掀开了地窖的活门就往下走,但还没等她走两步远,那扇向后靠着的活门就重重地倒了下来。女孩听到一声尖叫,马上赶过来举起门,想救她。但她已掉下去了,女孩发现她躺倒在地下断气了。
现在,这座美丽的城堡便属于这女孩一个人了,有这么好的运气,一开始她简直适应不了。 衣柜里挂着美丽的衣服,抽屉里盛放着金银珠宝,她再不会感到缺乏什么东西了。 很快,这女孩的美貌和财富就传遍了整个世界,求婚者络绎不绝,但没有一个能讨她的欢心。 最后有个王子来到了她的身边,他知道怎样打动少女的心,于是他们就订了婚。 有一天,他们正坐在城堡中花园的菩提树下,王子说:"我要回家征得父王的同意,请你在这树下等我好吗?我几个小时后就回来。"女孩吻了吻他的左脸颊,说:"你一定要守信用,决不要让人吻你的左半脸,我会在这儿等你,直到你回来。"
这女孩在树下一直呆到太阳下山,但他还没有回来。 连续三天她都这样从早到晚呆在树下等他,但什么也没等到。 第四天,他还是没回来,于是她想:"一定是他出了什么事,我要去找他,直到把他找回来。"她包好三件漂亮的衣服,一件绣着闪亮的星星,一件缀着银色的月亮,一件布满了金色的太阳,她还用手帕包好了一大把珠宝,出发了。 她到处打听她的心上人,但没有人见过他,也没有人知道他的情况。 尽管她走遍了世界的许多地方,还是没能找到他。 最后,他到一个农场当了牧牛女,并把她的衣服和珠宝都埋在一块石头下。
现在她成了牧女,守着牛群。 她满怀悲伤,时刻想念着她的心爱的人。 她亲手喂养了一头小牛,小牛同她也格外亲近,每当她说:
"小牛,小牛,跪到我身边来,
不要把你的牧牛女来忘怀。
当王子忘了他海誓山盟的新娘,
又是谁在菩提树下苦苦地等待? "
那小牛就乖乖地跪在她身旁,任她抚摸。
她就是这样独自哀伤地过了几年。 一天有消息传来说国王的女儿将举行婚礼。 通向城里的路正好打这村口经过,那女孩赶着牛群出去,正巧碰见新郎从这里经过。 他洋洋得意地骑在马上,根本不把旁人放在眼里,但她一眼就认出了那是她的心上人,她心如刀绞。 "唉!"她想,"我还以为他会守信用,但他已经忘记了我。"
第二天,王子又一次经过这条路,当他走近时,女孩就对小牛说:
"小牛,小牛,跪到我身边来,
不要把你的牧牛女来忘怀。
当王子忘了他海誓山盟的新娘,
又是谁在菩提树下苦苦地等待? "
王子听到这熟悉的声音,勒住马往下看。 他久久地盯着女孩的脸,手摸着额头,竭力想记起什么来,但他很快又继续往前走,倾刻就消失了。 "哎!"她想,"他不再认得我了。"
想到这她就更伤心了。
这以后不久,宫廷里举行了长达三天的盛宴,所有的人都被邀请参加了。 "现在我得最后试试我的运气。"少女想。 夜幕降临时,她拿出自己以前埋在石头下的衣服和珠宝,穿上那件布满金色太阳的衣服,戴上她的珠宝,解开包在头上的手帕,让一头秀发披在肩上。 就这样她进了城,黑暗中谁也没注意到她。 当她进入灯火辉煌的大厅时,人群都惊奇的望着她,但没有人知道她是谁。 王子亲自来迎接她,但也没认出她是谁。 他带着她跳舞,被她的美色倾倒,几乎把另一个新娘遗忘了。 宴会结束后,她消失在人群中,天亮前她又匆忙赶回了村庄,又一次穿上牧女的衣服。
第二天晚上,她穿上那件有银色月亮的衣服,在头上别了个半月形的宝石。 当她出现在舞会上时,所有的人都望着她,王子急忙来迎接她,对她充满了爱意,整晚就和她一个人跳舞,对别的看也不看一眼。 在她走之前她答应了王子去参加最后一天的舞会。
当她第三次出现时,她穿着那件缀满了星星的衣服。 她每走一步,这衣服就闪闪发一次光。 她的发带和腰带上也缀满了珠宝。 王子已经等了她很久了,见她来,急忙走到她身边,"快告诉我你是谁,"他说,"我感觉我已经认识你很久了。""你难道不知道你离开的时候我都干了些什么?"然后她走向王子,吻了吻他的左半脸。 这时候王子突然醒悟了,他认出了真正的新娘。 "来吧,我再也不在这里呆了。"说着,他牵着少女的手,把她带进了马车。 马车一阵风似地驶向城堡,明亮的窗户已在不远处了。 当他们的马车经过菩提树时,无数萤火虫正围着那颗树打转,树枝摇曳着,散发出阵阵芳香。 台阶上鲜化盛开,房间里回荡着奇妙的鸟叫声,满朝文武正聚集在大厅里,牧师正等着给新郎和真新娘举行婚礼。 
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