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A ondina do lago 池中水妖
日期:2024-02-27 14:32  点击:251
Houve, uma vez, um moleiro que vivia muito feliz com a mulher. Tinham dinheiro e propriedades e a sua prosperidade aumentava de ano em ano.
Mas a desgraça, diz um velho ditado, vem sempre de noite. A sua fortuna, assim como tinha aumentado, voltou a diminuir de ano para ano e chegou o dia em que o moleiro só podia dizer que, unicamente, o moinho era seu. Ele consumia-se de aflição e quando se deitava, após um dia inteiro de rude trabalho, não conseguia dormir e passava a noite rolando na cama, atormentado pelos desgostos.
Certa manhã, levantou-se antes do alvorecer e saiu para fora da casa a fim de respirar um pouco de ar fresco, imaginando com isso desoprimir o coração.
Passeava ele junto à represa do moinho, já iluminado pelos primeiros raios de sol, quando ouviu um pequeno ruído no lago.
Voltou-se e, com grande surpresa, viu uma linda mulher que se elevava, lentamente, do seio das águas.
Os seus longos cabelos, que ela segurava junto á nuca com as mãozinhas delicadas, caíam ao longo das espáduas e cobriam-lhe como um manto de ouro o corpo esbelto, alvo como a neve. Percebeu, imediatamente, que ora a ondina do lago e, apavorado, não sabia se devia ficar ou fugir.
Mas a ondina chamou-o com voz doce e suave e perguntou-lhe por que motivo estava assim triste. O moleiro, que havia emudecido pela surpresa, custou a responder, mas depois, ouvindo-a falar com tanta suavidade, animou-se e referiu tudo, isto ó, que antes vivia feliz na riqueza, mas agora tornara-se tão pobre que não sabia para que lado se voltar.
- Tranquiliza-te, meu amigo, - disse a ondina. - Tornar-te-ei mais rico e mais feliz do que jamais foste cm tua vida. Apenas exijo, em troca, que me dês o que acaba de nascer em tua casa.
- Que mais poderá ser senão um cãozinho ou um gatinho? - disse de si para si o moleiro, e prometeu cumprir o que ela desejava.
A ondina tornou a mergulhar na água e ele voltou, a toda pressa, para o moinho, cheio de alegria. Ainda não tinha chegado e já a criada saía da casa correndo ao seu encontro para lhe dar a boa-nova que sua mulher tivera um filho.
O moleiro estacou como se ferido por um raio. Percebeu que a perversa ondina sabia muito bem o que ia acontecer e o enganara. Portanto, aproximou-se da mulher com a cabeça baixa, não podendo ocultar a angústia; a mulher, ao notar-lhe o aspecto, perguntou:
- Então, não te alegras por termos um menino tão lindo?
O pobre homem não teve remédio se não contar o que lhe sucedera e a promessa imprudente que fizera à ondina.
- De nada me servirá agora a riqueza e a prosperidade, se a troco delas tenho que perder meu filho! - acrescentou ele amargamente. - Mas que posso fazer?
Mesmo os parentes que vieram congratular-se com o casal, não achavam remédio.
Entretanto, na casa do moleiro voltou a reinar a sorte e a prosperidade. Suas empresas davam os melhores resultados; parecia que as arcas, os cofres e as gavetas se enchiam por si durante a noite. Não levou muito tempo a tornar-se mais rico do que antes. Mas ele não podia usufruir da riqueza tranquilamente, porque a promessa feita à ondina lhe dilacerava o coração. Cada vez que passava junto do lago, estremecia, receando que ela viesse à superfície e lhe recordasse a dívida; nesse receio, não permitia nunca que o filho se aproximasse do lago, dizendo-lhe:
- Se puseres a mão na água, sairá a mão misteriosa que te agarrará e te puxará para dentro.
Entretanto, os anos foram passando, sucedendo-se uns aos outros e, como a ondina não aparecia, os moleiros tranquilizaram-se.
O menino cresceu e tornou-se um moço muito garboso e os pais o mandaram para a escola de um caçador a fim de aprender a arte de caçar.
Findo o tempo de aprendizado, quando se tornou caçador muito hábil, um fidalgo rico, que habitava na aldeia, tomou-o ao seu serviço.
Vivia na aldeia uma jovem muito gentil e virtuosa, por quem o rapaz se apaixonou; quando seu amo foi notificado, presenteou-o com uma linda casinha. Os moços casaram-se e foram viver na casinha, alegres e felizes, amando-se com grande ternura.
Passado algum tempo, o caçador perseguia certo dia um cabrito montes que desembocara da floresta e corria em pleno campo; ele perseguiu-o e disparou a espingarda, matando-o com um só tiro.
O rapaz não reparou que estava à beira do lago perigoso e, depois de ter estripado o animal, foi ali lavar as mãos ensanguentadas. Apenas as meteu na água, logo surgiu a ondina, que o enlaçou sorridente com seus braços úmidos e o arrastou para o fundo do lago, tão rapidamente que as ondas se fecharam bruscamente sobre ele.
Ao anoitecer, vendo que o caçador não regressava, a mulher inquietou-se. Saiu a procurá-lo c, como o marido várias vezes lhe tinha contado que precisava de precaver-se contra as ciladas da ondina e que não se aventurava a aproximar-se da água, logo adivinhou o que sucedera. Correu ao lago e, quando viu a bolsa do caçador largada na margem, não duvidou mais da desgraça que a atingira.
Chorando e lastimando-se, torcia as mãos num gesto de grande desespero e chamava pelo nome o seu bem-amado, mas inutilmente. Correu para a outra margem do lago e tornou a chamá-lo, sem obter resposta alguma; censurou, asperamente, a ondina, sem melhor resultado. O espelho das águas permanecia tranquilo, apenas refletindo a meia face da lua, em quarto crescente, que parecia fitá-la imóvel e misteriosa.
A desolada mulher não abandonou o lago. Em passos precipitados, sem descanso, continuava a contorná-lo, ora silenciosa, ora gritando desesperadamente, ora murmurando algumas orações.
Por fim, esgotaram-se-lhe as forças e ela caiu por terra, mergulhando em sono profundo. E teve um sonho:
Sonhou que trepava, ansiosamente, por entre grandes maciços de rochas; gravetos e espinhos laceravam-lhe os pés, a chuva batia-lhe no rosto e o vento agitava-lhe os longos cabelos.
Quando atingiu o cume da montanha, ofereceu-se a seus olhos um aspecto inteiramente diferente: o céu era azul, o ar tépido, o terreno descia em suave declive e, no meio de um prado verdejante e matizado de flores de todas as cores, havia uma cabana.
Dirigiu-se a ela e abriu a porta. Lá dentro, viu sentada uma velha de cabelos brancos, que lhe acenou mui amavelmente. Justamente nesse instante, a pobre mulher acordou.
Já raiara o dia e ela decidiu logo fazer o que sugeria o sonho.
Subiu, penosamente, a montanha e tudo se realizou conforme vira cm sonho. A velha acolheu-a gentilmente, indicando-lhe uma cadeira e convidando-a a sentar-se.
- Aconteceu-te alguma desgraça, visto que vens até aqui, à minha pobre cabana solitária! - disse a velha.
A mulher contou-lhe, a chorar, a sua desgraça.
- Acalma-te, - disse a velha, - eu te ajudarei. Eis aqui um pente de ouro. Espera que surja a lua cheia, volta então ao lago, senta-te na margem e com este pente penteia teus longos cabelos negros. Apenas acabes de pentear-te, deixa o pente aí na margem e verás o que sucederá.
A dedicada esposa regressou à casa, mas o tempo até o plenilúnio lhe parecia interminavelmente longo. Finalmente, apareceu no céu o disco luminoso; então ela se dirigiu ao lago, sentou-se na margem e penteou os longos cabelos negros com o pente de ouro. Quando terminou, colocou-o no chão. Daí a instantes subiu um ruído das profundezas, levantou-se uma vaga que rolou até à margem arrastando o pente consigo.
Não decorreu mais tempo do que o empregado pelo pente a afundar e abriu-se o espelho das águas, e dela emergindo a cabeça do caçador; não pronunciou palavra, mas fitou a mulher com um olhar muito triste. No mesmo instante, chegou outra grande vaga e cobriu a cabeça do caçador, que tornou a desaparecer.
As águas volveram à quietação anterior e a face da lua refletia-se nelas como em espelho de cristal.
A mulher retirou-se desesperada, mas novo sonho lhe indicou outra vez a cabana da velha. Na manhã seguinte, pôs-se a caminho e foi desabafar com a velha o seu desespero. Esta deu-lhe uma flauta de ouro, dizendo-lhe:
- Espera novamente que surja a lua cheia; depois, pega nesta flauta, senta-te á margem do lago, toca uma linda e terna melodia e, quando acabares, depõe a flauta no chão e espera o que sucederá.
A mulher fez tudo, exatamente, como lhe ordenara a velha. Apenas colocou a flauta no chão, veio uma onda enorme e carregou consigo o instrumento.
Logo depois a água entreabria-se e aparecia, não só a cabeça, mas todo o dorso do marido. Cheio de ansiedade, estendeu os braços à esposa para estreitá-la ao peito, mas uma segunda onda ergueu-se, rumorosamente, e arrastou-o para o fundo.
- Ah! - exclamou a infeliz mulher, - de que serve ver o meu bem-amado se logo o torno a perder?
Regressou à casa com o coração sangrando de dor e, pela terceira vez, o sonho lhe indicou a casinha da velha. Ela pôs-se a caminho e, ao chegar lá, a boa velha consolou-a como pôde. Dando-lhe uma roca de ouro, disse- lhe:
- Tua causa ainda não está perdida. Espera que apareça a lua cheia, então toma esta roca, senta-te à beira do lago e fia até encheres o fuso. Quando acabares, pôe a roca perto da água e espera o que se deve passar.
A mulher executou, ponto por ponto, as instruções da boa velha.
Quando surgiu a lua cheia, levou a roca à margem do lago e pôs-se a fiar, diligentemente, até encher o fuso. Mas, assim que a roca foi deposta no chão, levantou-se um tremendo vagalhão, que a arrastou para o fundo da água.
Imediatamente, como que impelido por um forte repuxo, emergiu primeiro a cabeça e depois o corpo todo do caçador. De um salto, lançou-se para a margem, pegou a mulher pela mão e fugiram os dois.
Mal se haviam afastado alguns passos, todo o lago, refervendo, se levantou num ruído ensurdecedor, esparramando-se pelo campo com uma violência irresistível.
Os fugitivos já viam u morte diante dos olhos, quando a mulher, no seu terror, invocou o auxílio da boa velha. No mesmo instante, os dois foram transformados, ela em sapo e ele em rã. A onda que os atingira não os pôde matar, mas separou-os e arrastou cada um para lado oposto.
Quando a água se retirou e ambos ficaram em terreno seco, retomaram a forma humana. Mas nenhum dos dois sabia o que era feito do outro, e viram-se entre estrangeiros que desconheciam a sua pátria. Altas montanhas e profundos vales os separavam.
Para ganharem a vida, ambos foram obrigados a guardar ovelhas. Durante muitos anos conduziram rebanhos através dos bosques e dos campos, com o coração cheio de tristeza e de saudade.
Certo dia, em que de novo sorria a primavera, saíram os dois rebanhos e quis o destino que caminhassem encontro do outro. O rapaz viu, no declive de distante, um rebanho e dirigiu suas. Juntos chegaram ao vale sem se reconhecer, pontificaram bem satisfeitos por não estarem mais tão SÓS.
Desde esse dia eles guardavam os rebanhos um ao lado do outro; não falavam multo de si, mas experimentavam uma doce consolação.
Certa noite, em que a lua cheia ostentava todo o esplendor no vasto céu, e no silêncio do campo os rebanhos dormiam tranquilamente, o pastor tirou do saco uma flauta e tocou uma belíssima e triste melodia. Quando acabou, notou que a pastora chorava amargamente. Então, perguntou-lhe:
- Por quê choras?
- Ah, - soluçou ela, - foi numa noite em que a lua brilhava assim como hoje, que pela última vez toquei essa mesma melodia na minha flauta, e a cabeça do meu bem-amado apareceu à superfície da água.
O pastor fitou-a, atentamente, e foi como se lhe caísse uma venda dos olhos; reconheceu a sua querida esposa.
Ela, também, o fitou, enquanto o luar batia em cheio no seu rosto e o reconheceu.
Então, abraçaram-se e beijaram-se ternamente e nem se pergunta se os dois apaixonados ficaram felizes ao ver-se novamente reunidos. Ainda mais sabendo-se completamente livres do poder da pérfida ondina!
 
从前,有位磨坊主和妻子生活在一块,生活十分富足。 他们有钱有地,光景一年好似一年。 但不幸的事情突然来了,他的财富变得一年少似一年,最后那磨坊主连自己的磨坊几乎都不能维持了。 他悲痛万分,每天干完活躺在床上,总是辗转反侧,夜不能寐。 一天早晨,天不亮他就起床出了门,心想这样心情可能会好些。 等他跨上水坝,太阳还刚刚升上地平线,突然他听到水中有潺潺之声,他回头一看,发现水中缓缓地冒出个美女。 她用纤纤的玉手将一头长长的秀发理在两肩旁,遮住了整个身躯。 磨坊主马上意识到她就是水池中的水妖了,情急之中他不知该留还是该走了。 只听水妖柔柔地呼唤着他的名字,问他为何如此闷闷不乐,声音十分悦耳。 起初磨坊主给吓怕了,但当他听到美女说话如此温柔可爱时,便赶紧定了定神,告诉她自己过去的生活如何富足,现在生活如何贫困潦倒、百般的无奈。 "别着急,"水妖说,"我会让你过比以前更富足、更幸福的,但你必须答应把家中新降生的小东西给我。""那除了小猫小狗之类还会有什么别的东西呢?"磨坊主心想,于是他答应了她的要求。 听完这话,水妖沉了下去,他也乐颠颠地跑回作坊,心存安慰,神情格外舒畅。 但他刚跨进门就见女仆跑出房子尖叫着向他道喜,说夫人刚生下个男婴。 真是如五雷轰顶一般,磨坊主站在那儿,呆若木鸡,他意识到那狡猾的水妖早就知道这一点,而且还欺骗了他。 他耸拉着脑袋,走到妻子床前,妻子对他说:"给你生了个胖小子,难道你还不开心吗?"他告诉她灾难已降临到他头上,接着便把许诺的事一五一十地说了。 "财富对我来说有什么用呢?"他又说,"如果失去了孩子,我该怎么办?"就是那些前来道贺的亲朋好友们也不知该说什么好。 这以后磨坊主确实时来运转了,他所做的交易都兑了现。 似乎一夜之间柜里自行装满了钱币,壁橱里的钱也都积得满满的。 不久他的财富就大大超过了从前。 但是他却不能高兴起来,因为他和水妖之间的交易让他伤透了脑筋。 每当他走过池边,总担心女妖会从水中冒出来讨债,他也从不让孩子一个人走近水边,"记住,"他告诫孩子,"如果你碰到水,水里就会伸出一只手来抓住你,把你拖下水去。"但年复一年水妖没再现身,磨坊主心中的一块石头总算放了下来。 男孩长大成人了,在一名猎户手下当徒弟。 当他学会了十八般武艺,成为一名出色的猎手时,村长便让他为村里服务。 村里有位美丽的姑娘深为猎手钟爱,村长知道这一切时便给了他一间小屋,让两人终于结成百年之好,他们婚后过得幸福安乐,相亲也相爱。
一天猎手正追赶一只雄鹿,当雄鹿从森林处拐进一片旷野后,他迅速追了上去,射死了它。 但他却没注意到自己竟站在了水池边。 他把鹿开膛破肚后,走到水边想洗洗那双沾满鲜血的手。 不料一沾水,水妖便突然从水中钻了出来,面带笑容,用她那湿淋淋的双手抱住猎手,跌入水中,浪花倾刻淹没了他。 时至黄昏,猎手还没回家,妻子焦急万分,便出去找他。 因为丈夫曾一再说过要防范水妖的诱惑,不敢斗胆到池边去。 她马上明白发生了什么事情,于是便赶紧跑到水边。 当她看到丈夫留在岸边的猎袋时,她证实了自己的猜疑。 此刻她悲痛欲绝,芳心欲碎,一遍遍呼唤着爱人的名字,但听不到回音。 她又跑到水池的对岸去叫唤,口中咒骂着水妖,但仍然没有人应声。 水面平静,只有初升的新月目不转睛地注视着她,这可怜的女人没有离开水池,她一刻不停地围着水池跑,跑了一圈又一圈,时而默不作声,时而低泣。 最后她筋疲力竭,倒在地上睡着了,不久便进入了梦乡。
她梦见自己正在一大堆顽石间焦急地向上攀登,荆棘绊住了她的脚,雨点打在她的脸上,风把她的头发吹得七零八落,当她到达山顶时,展现在眼前的是一副从未见过的画面:天空碧蓝,空气新鲜,坡度平缓。 一间精致小巧的农舍在一片绿草地上,周围长满了各色的花朵。 她走上前去把门打开,发现里面坐着一位白发苍苍的老婆婆,正热情地跟她打招呼。 就在这时,可怜的女人醒了,天刚破晓,她马上按昨夜梦里见到的去做,不辞辛苦地爬上山顶,果真见到了和梦中完全一样的景色。 老婆婆接待了她,给她指定一张椅子坐下。 "你一定是遇到了麻烦,"她说,"否则你不会找到我这偏僻寒舍来的。"可怜的女人一把眼泪一把鼻涕地把事情的原委都说了。 "开心点,"老婆婆说,"我会帮你的。这里有一把金梳。等满月升起时,你就到池边去,坐在池边,用这把梳子梳理你那乌黑的秀发。梳完后再把它放在岸边,看看会发生什么事。"女人回了家,但时间距离满月还早得很。 最后她终于等到了满月升起,赶紧跑去池边,坐在岸边,用金梳梳发,然后再把它放在水边。 不久水里就翻起了万千波涛,浪涛打到岸边,把金梳给卷走了。 还没等金梳沉底,水面突然分开,露出了猎手的脑袋。 猎手没说话,只是忧郁地看着他的妻子。 同时,又一个浪涛打过来,他的脑袋被淹没了。 倾刻一切都消失了,水面平静如初,唯有满月倒映在其中。
女人满怀悲痛地走回家中,但她又梦见了那位村舍里的老婆婆。 第二天早晨,她又去老婆婆那儿诉苦。 老人给了她一只金笛说:"等到满月升起时,用这只笛子吹出一曲优美的曲子,吹完后再把笛子放在沙滩上看看会怎么样。"女人照着她说的话去做了。 笛子刚放到沙地上就听见水里有一阵响动 ,一个浪涛打来把笛子卷走了。 水路立刻分开,露出了猎手的头和半个身子,他伸出手臂想要拥抱她,但又一个浪头打过来把他给淹没了。 "啊,她是怎么帮我的?"女人叫道,"为什么让我看到他又要失去他啊!"她又绝望了,但梦又把她引到了老婆婆的面前,这回老人给了她一只金纺轮,并安慰她说:"这一切并没有完,等满月升起时,拿这只纺轮坐到岸边,把这卷线纺完,再把纺轮放在岸边,看看会发生什么事情。"女人完全照着她的话去做了。 当满月升起时,她拿着纺轮坐到岸边,一刻不停地纺啊纺,直到亚麻线用完,水池上满是纺好的线。 同样的事情又出现了,只见一个浪头打来,把纺轮卷走了,很快,猎手头和整个身体都从水中脱水而出,呈现在女人面前。 猎人赶紧跳到岸边,抓起妻子的手就逃。 但没等他们走出多远,就听到池水一片喧哗,池水立刻漫及整个旷野。 两人立刻意识到死亡的危险,吓呆了的女人乞求老婆婆暗中相助。 过了一会儿,他俩便变了形,一个成了蛤蟆,一个成了青蛙。 洪水吞没了他们但没能毁灭他们,只是把他们冲散,带到老远的地方去了。
水退了,他们又踏上干地,重现人形,但彼此都不知对方在那里。 他们发现自己身处陌生人中间,那些人都不知自己的家乡在何方。 他们面前只有高山低谷,为了活命,他们不得不去放羊。 多年过后,他们仍一直赶着羊群穿行森林草地,无处可托相思,无可可托牵挂。
春天来临了,一天他们都出去放羊,可能是命运的安排,他俩走得越来越近了,在峡谷中相遇了,但互不认识。 但是他们高兴,因为他们不再孤独了。 他们因此每天都把羊赶到一个地方,说话不多,但彼此心存慰藉。 一天傍晚当满月升起时,羊儿也睡着了,牧羊人从袋中抽出一支短笛,吹出一支优美而略带伤感的曲子,等他吹完,他发现牧羊女正在悲伤地哭泣。 "你哭什么?"他问。 "啊!"她回答说,"当我最后一次吹起这根笛子时,天空升起满月,水中露出我爱人的脑袋。"他看着她,仿佛觉得他眼睛上的一层眼罩立刻脱落,他认出了她,同时她也看了看他,月亮正照在他的脸上,她也认出了他。 他们相互拥抱着,亲吻着,谁都无需再问他们是否幸福了。 
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