O chá é uma das maiores descobertas dos chineses. E o livro Clássico do Chá, desde a sua publicação há mais de 1.200 anos, tem exercido uma influência inapagável na formação e no desenvolvimento da cultura do chá da China e do mundo, sendo considerado um ícone na cultura do chá, e até um presente precioso oferecido pelos chineses ao mundo todo.
Recentemente, as versões em língua espanhola, portuguesa, árabe, russa e inglesa dessa obra foram publicadas pela Editora de Línguas Estrangeiras da China, com o financiamento do governo municipal de Tianmen, cidade na província de Hubei, centro da China. No programa de hoje, vamos falar um pouco sobre o livro Clássico do Chá e como é a história desta publicação em línguas estrangeiras. Bom, caro ouvinte, acompanhe a nossa reportagem!
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O Clássico do Chá foi escrito por Lu Yu, natural de Jingling, atual cidade de Tianmen, na dinastia Tang (618 – 907). O livro começou a ser disseminado no ano de 761, como a primeira monografia enciclopédica do mundo sobre o chá.
Com um misto de ciências naturais e ciências humanas, a obra estuda e sintetiza de forma sistemática e científica os conhecimentos sobre o chá, contribuindo para a formação da cultura do chá com características chinesas. Pelos notáveisêxitos obtidos, Lu Yu é considerado o Santo do Chá da China, e até do mundo.
O Clássico do Chá divide-se em três tomos com dez capítulos, apresentando principalmente a origem do chá, os utensílios, as ferramentas, o processamento, a classificação, o costume de tomar chá, a documentação, as localidades de produção.
Xiao Xinguo, vice-presidente da Associação de Estudo sobre Lu Yu da cidade de Tianmen, é o editor-executivo da publicação das versões em línguas estrangeiras do Clássico do Chá, também coordenador do projeto de tradução, explicou que conforme os registros históricos, o livro Clássico do Chá tem mais de 60 edições em chinês, e foi publicado em diversas versões em várias línguas estrangeiras.
"O Clássico do Chá de Lu Yu tem uma história de mais de 1.200 anos, e foi publicado inúmeras vezes. Segundo estatísticas, o livro tem mais de 60 edições, cuja existência é verificada com evidências, observando-se as mais de 50 edições conservadas até agora. Fora da China, o livro tem sido publicado em versões de várias línguas estrangeiras, tais como japonês, coreano, inglês, francês, alemão, italiano e russo. É raramente vista na história da divulgação da cultura chinesa ao exterior uma obra da dinastia Tang traduzida para tantas línguas estrangeiras."
Em colaboração com a implementação da iniciativa chinesa "Cinturão Econômico da Rota da Seda e Rota da Seda Marítima do Século 21", o governo municipal de Tianmen decidiu traduzir e publicar, neste ano, as versões em línguas estrangeiras do Clássico do Chá. Mencionando os objetivos do projeto, Xiao Xinguo disse:
"Trata-se de uma marca importante na história da difusão da obra ao exterior, pois amplia a divulgação da cultura do chá da China em todo o mundo. A obra representa um dos clássicos da cultura chinesa, ajudando cada vez mais estrangeiros comuns a conhecerem a cultura do chá da China. Pode-se dizer que, se você tiver lido o Clássico do Chá, já estará segurando a chave para compreender a cultura do chá da China. Por último, através desse livro, queremos atrair mais amigos estrangeiros a tomar chá, pois o chá é uma bebida benéfica à saúde."
Xiao Xinguo explicou que a nova publicação do Clássico do Chá apresenta novas características em comparação com as anteriores. Primeiro, é pela primeira vez que o município de Tianmen, terra natal de Lu Yu, levou a cabo o trabalho de tradução e publicação das versões em línguas estrangeiras da obra. Segundo, publicam-se pela primeira vez, as versões em espanhol, português e árabe, além das retraduções para o inglês e o russo. Terceiro, diferente da apresentação e tradução interpretativas de segmentos da obra, feitas por iniciativas individuais, a tradução desta vez contou com a participação de especialistas e eruditos de primeira classe do país, e foi feita letra por letra, frase por frase, na tentativa de preservar ao máximo o sabor original da obra. Falando sobre o trabalho de tradução, Xiao Xinguo, o editor-executivo da publicação, disse:
"O Clássico do Chá foi escrito em língua antiga há mais de mil anos. Por causa disso, escolhemos a versão em chinês moderno revisada pela Dra. Shen Dongmei, da Academia Chinesa de Ciências Sociais como referência. Ao longo do trabalho de tradução, que durou pelo menos quatro meses, os tradutores e os editores mantiveram sempre contatos para discutir as questões encontradas. Por exemplo, a diferença entre as medidas do passado e as de agora, as compreensões diferentes acerca das plantas no passado e de agora, entre outros detalhes. Então, consultamos muitos materiais históricos para a /confirm/iação."
Segundo Xiao Xinguo, essas versões serão publicadas e lançadas em nível mundial e enviadas a famosas bibliotecas, instituições acadêmicas, universidades e institutos de pesquisa, além de serem vendidas nas livrarias de diversos países.
A obra representa não apenas uma matéria de grande valor acadêmico para os eruditos estrangeiros que se dedicam aos estudos sobre a ciência do chá na Antiguidade chinesa, mas também um dos clássicos da cultura chinesa, ajudando cada vez mais estrangeiros comuns a conhecerem a cultura do chá da China.
No século 21, tem aumentado constantemente a procura das pessoas pelo chá, refletida não apenas no aspecto material, por exemplo, suas funções de matar a sede, neutralizar o excesso de calor interno no corpo, emagrecer, bem como prevenir e tratar doenças, mas também cada vez mais no aspecto espiritual, por exemplo, suas relações com a filosofia, religião e a integridade pessoal.
De fato, o caractere chinês chá ("茶") tem uma composição cujo significado é cheio de pensamentos sobre a vida. O caractere tem três partes: grama ("艹") em cima, homem ("人") no meio e árvore ("木") em baixo, cuja interpretação é "o homem está dentro de gramas e árvores", implicando que o homem faz parte da Natureza. Apenas com a relação harmoniosa entre os seres humanos e a Natureza e entre os próprios seres humanos, o homem alcançará a felicidade suprema.
Na entrevista concedida à nossa reportagem, Xiao Xinguo compartilhou sua compreensão sobre o chá. Ele disse:
"Podemos compreender o chá em dois aspetos. Primeiro, na China, há um dito popular: As sete coisas indispensáveis no cotidiano são lenha, arroz, óleo, sal, molho, vinagre e chá. Como uma bebida, o chá é indispensável. Então, tomar chá é uma coisa natural, simples e saudável. Segundo, os chineses falam sempre: As sete coisas indispensáveis na vida cultural são música, xadrez, caligrafia, pintura, poema, aguardente e chá. Tomar chá é, na realidade, uma arte ou uma cultura.
No prefácio da versão em português do livro, diz-se o seguinte. Há um dito na China: O chá harmoniza o mundo todo. O Clássico do Chá pertence à China, e também ao mundo. Esperamos que os amantes do chá possam conhecer a cultura do chá da China através desta obra, fortalecer a saúde e promover a paz mundial com o cerne da mensagem contida na arte do chá.
Recentemente, as versões em língua espanhola, portuguesa, árabe, russa e inglesa dessa obra foram publicadas pela Editora de Línguas Estrangeiras da China, com o financiamento do governo municipal de Tianmen, cidade na província de Hubei, centro da China. No programa de hoje, vamos falar um pouco sobre o livro Clássico do Chá e como é a história desta publicação em línguas estrangeiras. Bom, caro ouvinte, acompanhe a nossa reportagem!
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O Clássico do Chá foi escrito por Lu Yu, natural de Jingling, atual cidade de Tianmen, na dinastia Tang (618 – 907). O livro começou a ser disseminado no ano de 761, como a primeira monografia enciclopédica do mundo sobre o chá.
Com um misto de ciências naturais e ciências humanas, a obra estuda e sintetiza de forma sistemática e científica os conhecimentos sobre o chá, contribuindo para a formação da cultura do chá com características chinesas. Pelos notáveisêxitos obtidos, Lu Yu é considerado o Santo do Chá da China, e até do mundo.
O Clássico do Chá divide-se em três tomos com dez capítulos, apresentando principalmente a origem do chá, os utensílios, as ferramentas, o processamento, a classificação, o costume de tomar chá, a documentação, as localidades de produção.
Xiao Xinguo, vice-presidente da Associação de Estudo sobre Lu Yu da cidade de Tianmen, é o editor-executivo da publicação das versões em línguas estrangeiras do Clássico do Chá, também coordenador do projeto de tradução, explicou que conforme os registros históricos, o livro Clássico do Chá tem mais de 60 edições em chinês, e foi publicado em diversas versões em várias línguas estrangeiras.
"O Clássico do Chá de Lu Yu tem uma história de mais de 1.200 anos, e foi publicado inúmeras vezes. Segundo estatísticas, o livro tem mais de 60 edições, cuja existência é verificada com evidências, observando-se as mais de 50 edições conservadas até agora. Fora da China, o livro tem sido publicado em versões de várias línguas estrangeiras, tais como japonês, coreano, inglês, francês, alemão, italiano e russo. É raramente vista na história da divulgação da cultura chinesa ao exterior uma obra da dinastia Tang traduzida para tantas línguas estrangeiras."
Em colaboração com a implementação da iniciativa chinesa "Cinturão Econômico da Rota da Seda e Rota da Seda Marítima do Século 21", o governo municipal de Tianmen decidiu traduzir e publicar, neste ano, as versões em línguas estrangeiras do Clássico do Chá. Mencionando os objetivos do projeto, Xiao Xinguo disse:
"Trata-se de uma marca importante na história da difusão da obra ao exterior, pois amplia a divulgação da cultura do chá da China em todo o mundo. A obra representa um dos clássicos da cultura chinesa, ajudando cada vez mais estrangeiros comuns a conhecerem a cultura do chá da China. Pode-se dizer que, se você tiver lido o Clássico do Chá, já estará segurando a chave para compreender a cultura do chá da China. Por último, através desse livro, queremos atrair mais amigos estrangeiros a tomar chá, pois o chá é uma bebida benéfica à saúde."
Xiao Xinguo explicou que a nova publicação do Clássico do Chá apresenta novas características em comparação com as anteriores. Primeiro, é pela primeira vez que o município de Tianmen, terra natal de Lu Yu, levou a cabo o trabalho de tradução e publicação das versões em línguas estrangeiras da obra. Segundo, publicam-se pela primeira vez, as versões em espanhol, português e árabe, além das retraduções para o inglês e o russo. Terceiro, diferente da apresentação e tradução interpretativas de segmentos da obra, feitas por iniciativas individuais, a tradução desta vez contou com a participação de especialistas e eruditos de primeira classe do país, e foi feita letra por letra, frase por frase, na tentativa de preservar ao máximo o sabor original da obra. Falando sobre o trabalho de tradução, Xiao Xinguo, o editor-executivo da publicação, disse:
"O Clássico do Chá foi escrito em língua antiga há mais de mil anos. Por causa disso, escolhemos a versão em chinês moderno revisada pela Dra. Shen Dongmei, da Academia Chinesa de Ciências Sociais como referência. Ao longo do trabalho de tradução, que durou pelo menos quatro meses, os tradutores e os editores mantiveram sempre contatos para discutir as questões encontradas. Por exemplo, a diferença entre as medidas do passado e as de agora, as compreensões diferentes acerca das plantas no passado e de agora, entre outros detalhes. Então, consultamos muitos materiais históricos para a /confirm/iação."
Segundo Xiao Xinguo, essas versões serão publicadas e lançadas em nível mundial e enviadas a famosas bibliotecas, instituições acadêmicas, universidades e institutos de pesquisa, além de serem vendidas nas livrarias de diversos países.
A obra representa não apenas uma matéria de grande valor acadêmico para os eruditos estrangeiros que se dedicam aos estudos sobre a ciência do chá na Antiguidade chinesa, mas também um dos clássicos da cultura chinesa, ajudando cada vez mais estrangeiros comuns a conhecerem a cultura do chá da China.
No século 21, tem aumentado constantemente a procura das pessoas pelo chá, refletida não apenas no aspecto material, por exemplo, suas funções de matar a sede, neutralizar o excesso de calor interno no corpo, emagrecer, bem como prevenir e tratar doenças, mas também cada vez mais no aspecto espiritual, por exemplo, suas relações com a filosofia, religião e a integridade pessoal.
De fato, o caractere chinês chá ("茶") tem uma composição cujo significado é cheio de pensamentos sobre a vida. O caractere tem três partes: grama ("艹") em cima, homem ("人") no meio e árvore ("木") em baixo, cuja interpretação é "o homem está dentro de gramas e árvores", implicando que o homem faz parte da Natureza. Apenas com a relação harmoniosa entre os seres humanos e a Natureza e entre os próprios seres humanos, o homem alcançará a felicidade suprema.
Na entrevista concedida à nossa reportagem, Xiao Xinguo compartilhou sua compreensão sobre o chá. Ele disse:
"Podemos compreender o chá em dois aspetos. Primeiro, na China, há um dito popular: As sete coisas indispensáveis no cotidiano são lenha, arroz, óleo, sal, molho, vinagre e chá. Como uma bebida, o chá é indispensável. Então, tomar chá é uma coisa natural, simples e saudável. Segundo, os chineses falam sempre: As sete coisas indispensáveis na vida cultural são música, xadrez, caligrafia, pintura, poema, aguardente e chá. Tomar chá é, na realidade, uma arte ou uma cultura.
No prefácio da versão em português do livro, diz-se o seguinte. Há um dito na China: O chá harmoniza o mundo todo. O Clássico do Chá pertence à China, e também ao mundo. Esperamos que os amantes do chá possam conhecer a cultura do chá da China através desta obra, fortalecer a saúde e promover a paz mundial com o cerne da mensagem contida na arte do chá.