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葡语新闻听力 Comercialização de Cultura Tibetana: Um presente ou uma maldição?
日期:2017-09-28 17:09  点击:344


Falando de cultura tibetana, o que lhe vem à cabeça? Palácio Potala? templos budistas? danças tibetanas? a pintura Thangka? ou os artesanatos coloridos vendidos nas ruas de Lhasa?

Como todas as culturas de longa história no mundo, com a modernização da sociedade, a cultura tibetana enfrenta um desafio de proteção e continuidade. A comercialização e a industrialização são realmente um presente ou uma maldição? No programa de hoje, especialistas da cultura tibetana dão suas opiniões.

A cultura tradicional tibetana é uma parte esplêndida e importante da herança da província de Qinghai, onde o povo tibetano representa pelo menos um quarto de sua população total. Regong, no distrito de Tongren de Qinghai, é famosa por industrializar e comercializar a arte tradicional tibetana nos últimos anos. Seus principais produtos são Thangka, um trabalho de pintura e bordado budista. Estas obras de arte são vendidas não só para outras províncias, mas para outros países também.

Muitos especialistas concordam que a comercialização é a melhor e mais eficiente maneira de preservar as culturas tradicionais e passá-las para as gerações mais jovens. No entanto, nem todas as formas tradicionais de arte são viáveis comercialmente. Deng Fulin, diretor do Gabinete do Patrimônio Cultural Imaterial do Departamento de Cultura, Publicações e Imprensa de Qinghai, explica:

"Os diferentes patrimônios culturais intangíveis têm características diferentes. Alguns têm enorme potencial de mercado e outros não, por exemplo, Thangka é facilmente apreciada por todos, como uma pintura, mas para a literatura tradicional, como a epopeia de Rei Gesar e o drama tibetano, as pessoas que não entendem a língua tibetana têm dificuldade em apreciar e aceitá-la. "

O Mestre da escultura tibetana de manteiga, Luo Zang Ang Xiu, concorda com Deng Fulin. Ele é também o chefe do Comitê Administrativo do Mosteiro Kubum, onde as melhores esculturas de manteiga tibetanas são feitas todos os anos, Luo Zang Ang Xiu diz:

"Ficaríamos muito felizes de ver as esculturas de manteiga serem vendidas aos visitantes e fiéis como lembranças. Por um lado, poderíamos usar o dinheiro como subsídio para atrair jovens monges a estudar esta forma de arte. Por outro lado, é uma boa promoção quando os visitantes levam as esculturas para suas cidades natais. O problema é que a escultura de manteiga não pode se tornar lembranças no momento, uma vez que devem ser conservados em condições muito frias, para não derreter. Nós esperamos realmente que os cientistas possam ajudar-nos a resolver este problema."

Além de Thangka, Deng Fulin acredita que a caligrafia tradicional tibetana também pode depender do mercado para sobreviver. Até agora, a caligrafia tibetana tem sido usada principalmente pelos monges para copiar as sutras budistas.

"As escolas tibetanas na província de Qinghai já começaram a oferecer aulas de caligrafia tibetana, sendo um esforço para passar essa arte para a próxima geração. Monges jovens aprendem em mosteiros, mas se queremos que as pessoas que não entendem o tibetano possam apreciar a sua escrita, devemos torná-la uma peça artística ou num objeto de decoração que pode ser exibido na sala de estar de alguém ou em salas de reunião, como as obras de caligrafia da etnia Han. Ela não pode ser unicamente utilizada nos livros de sutra do budismo."

O que é reconfortante é que a caligrafia tibetana não precisa se preocupar com a continuidade, uma vez que milhares de monges ainda a estão usando. O destino da forma de canto tibetano, La Yi, é preocupante. Tem perspectivas sombrias de futuro.

La Yi pode ser traduzido como " canção de amor ". No passado, os jovens cantavam La Yi quando levavam as ovelhas e vacas para pastar nas montanhas. As músicas eram cheias de metáforas, por exemplo, eles cantaram sobre dois rios que correm juntos para se tornar um, mas o que realmente queriam expressar era a paixão que estava nascendo entre duas pessoas.

Com o desenvolvimento da urbanização, as pessoas não pastoreiam mais. A única coisa que podemos ver é edifícios altos, o que fere a imaginação dos cantores de La Yi. La Yi tem perdido o seu ambiente inspirador.

Deng Fulin diz que se sente triste e impotente com as formas de arte como o La Yi. Até agora, tudo que o governo pode fazer é preservar o trabalho desses artistas em formas digitais e escritas como referência para as gerações futuras. A falta de profissionais dedicados parece ser uma realidade imparável para essas formas de arte.

Ao mesmo tempo, Deng Fulin diz que nem tudo é positivo na comercialização da arte tradicional tibetana. Ele diz que a fim de ganhar dinheiro rápido, muitos Thangka em Regong são produzidos com máquinas de impressão. As pessoas se preocupam mais com a produtividade e poucos se dedicam a fazer as obras de arte, caso a indústria siga um caminho errado.

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