O ensino doméstico ou domiciliar é o termo que designa a opção por educar os filhos em casa, geralmente por pais ou tutores, por oposição a enviá-los para uma escola pública, privada ou cooperativa.
Antes da introdução da lei do ensino obrigatório, e consequente criação do sistema público de ensino, a educação das crianças estava a cargo das famílias e comunidades. Atualmente a situação reverteu-se e a educação em casa surge como uma alternativa às escolas públicas ou privadas.
O ensino doméstico é uma tendência crescente na China, apesar de muitos especialistas alertarem para o facto de este ser um método que não é para todos.
No programa de hoje, vamos visitar uma família que optou por esta forma de ensino aqui em Pequim, capital chinesa, para descobrir o que por trás da decisão dos pais ensinarem os filhos em casa. Ouviremos também alguns especialistas e as suas opiniões acerca do assunto. Seguimos primeiro com a reportagem.
Zhang Qiaofeng é pai de um menino de sete anos de idade. Ele é o único membro do corpo docente da escolinha Longxuetang ou Academia Loong, localizada em sua própria casa, e que admite o máximo de seis alunos.
Zhang criou a escola em 2011 ao notar que seu filho Zhang Hongwu (张宏武) parecia muito infeliz após apenas três semanas de frequência na escola primária. Ele contou:
"Naquele ano, meu filho tinha pouco mais de seis anos, e eu encontrei uma escola privada para ele que cobra uma mensalidade anual de cerca de 40 mil yuan. Meu filho não gostou nada da escola. Ele reclamava da gestão rígida e da carga de trabalhos de casa. Eu mesmo não entendo porque razão, tendo os alunos do ensino fundamental de estudar apenas dois livros finos durante todo o semestre, existem tantos trabalhos de casa?"
Zhang Qiaofeng decidiu retirar seu filho da escola primária e ensiná-lo por si mesmo. Ele admite que não foi uma decisão fácil:
"Naquela altura, eu estava gerindo uma pequena empresa. Em pouco tempo percebi que eu não poderia fazer as duas coisas ao mesmo tempo. Decidi então fechar o meu negócio e concentrar-me na educação do meu filho. Eu divorciei-me da minha esposa, e o filho está sob a minha tutela. Se eu não cuidar bem dele, vou sentir-me muito culpado."
Zhang Qiaofeng diz que sua decisão foi baseada no amor e responsabilidade que sente como pai que quer dar a seu filho uma infância feliz e saudável. Tendo-se formado na prestigiada Universidade de Pequim, na China, Zhang disse que tem toda a confiança de ser um professor qualificado. Ainda assim, partilha algumas preocupações:
"Para ser honesto, eu estava um pouco preocupado no início, por causa do meu forte sotaque de dialeto. Achava difícil ensinar ao meu filho a pronúncia do mandarim, e mais do que isso, o inglês. Mas depois de oito ou nove meses a estudar comigo em casa, o inglês do meu filho progrediu rapidamente e sem ter desenvolvido nenhum sotaque, como o que eu tenho. Mais importante, a sua aprendizagem é eficaz, e ele está muito feliz em casa."
Antes da introdução da lei do ensino obrigatório, e consequente criação do sistema público de ensino, a educação das crianças estava a cargo das famílias e comunidades. Atualmente a situação reverteu-se e a educação em casa surge como uma alternativa às escolas públicas ou privadas.
O ensino doméstico é uma tendência crescente na China, apesar de muitos especialistas alertarem para o facto de este ser um método que não é para todos.
No programa de hoje, vamos visitar uma família que optou por esta forma de ensino aqui em Pequim, capital chinesa, para descobrir o que por trás da decisão dos pais ensinarem os filhos em casa. Ouviremos também alguns especialistas e as suas opiniões acerca do assunto. Seguimos primeiro com a reportagem.
Zhang Qiaofeng é pai de um menino de sete anos de idade. Ele é o único membro do corpo docente da escolinha Longxuetang ou Academia Loong, localizada em sua própria casa, e que admite o máximo de seis alunos.
Zhang criou a escola em 2011 ao notar que seu filho Zhang Hongwu (张宏武) parecia muito infeliz após apenas três semanas de frequência na escola primária. Ele contou:
"Naquele ano, meu filho tinha pouco mais de seis anos, e eu encontrei uma escola privada para ele que cobra uma mensalidade anual de cerca de 40 mil yuan. Meu filho não gostou nada da escola. Ele reclamava da gestão rígida e da carga de trabalhos de casa. Eu mesmo não entendo porque razão, tendo os alunos do ensino fundamental de estudar apenas dois livros finos durante todo o semestre, existem tantos trabalhos de casa?"
Zhang Qiaofeng decidiu retirar seu filho da escola primária e ensiná-lo por si mesmo. Ele admite que não foi uma decisão fácil:
"Naquela altura, eu estava gerindo uma pequena empresa. Em pouco tempo percebi que eu não poderia fazer as duas coisas ao mesmo tempo. Decidi então fechar o meu negócio e concentrar-me na educação do meu filho. Eu divorciei-me da minha esposa, e o filho está sob a minha tutela. Se eu não cuidar bem dele, vou sentir-me muito culpado."
Zhang Qiaofeng diz que sua decisão foi baseada no amor e responsabilidade que sente como pai que quer dar a seu filho uma infância feliz e saudável. Tendo-se formado na prestigiada Universidade de Pequim, na China, Zhang disse que tem toda a confiança de ser um professor qualificado. Ainda assim, partilha algumas preocupações:
"Para ser honesto, eu estava um pouco preocupado no início, por causa do meu forte sotaque de dialeto. Achava difícil ensinar ao meu filho a pronúncia do mandarim, e mais do que isso, o inglês. Mas depois de oito ou nove meses a estudar comigo em casa, o inglês do meu filho progrediu rapidamente e sem ter desenvolvido nenhum sotaque, como o que eu tenho. Mais importante, a sua aprendizagem é eficaz, e ele está muito feliz em casa."